quarta-feira, novembro 30, 2011

O Desafio dos Projectos Internacionais

O mundo de trabalho contraiu-se significativamente nos últimos 20 anos e agora é muito comum trabalhar com parceiros internacionais em projectos. Isto pode ser um projecto de transformação, ou parte de um acordo de outsourcing, ou num modelo de offshoring, que é mais comum nas organizações que exigem processamento de transações em «follow the sun». Claro, que a companhia pode também ter divisões espalhadas por todo o mundo já que os projectos internacionais nem sempre envolvem terceiras partes, antes correspondem a projectos contratados.songdo_city
Para gestores de projecto isto significa que estarão envolvidos com diferentes tipos de stakeholders em projectos. Gerir projectos internacionais pode ser muito interessante e recompensador, mas estes projectos são também um grande desafio. Há algumas questões importantes a ter em conta em projectos internacionais.

A Língua

Pode parecer óbvio mas se está a trabalhar fora do paìs é muito pouco provável que toda a sua equipa de projecto fale a mesma língua. Estamos habituados a trabalhar em Angola, Moçambique, Brasil e mesmo aì há diferenças que devem ser explicadas. O problema com uma língua comum é muito maior se estiver a trabalhar com colegas que não trabalham regularmente na sua língua.
No início de um projecto vale a pena especificar qual vai ser a principal língua de trabalho do projecto. Em projectos fiderados a partir de um país de língua inglesa ou de uma companhia também de língua inglesa, isto naõ significa ser a língua inglesa para tudo. A ferramenta de gestão de projecto até pode ter interfaces em várias línguas. A equipa no local pode introduzir os dados de produção com menus na sua língua mas mantendo a língua oficial do projecto.
Respeite os membros da equipa que não estão a trabalhar na sua língua nativa. Minimize o calão ou os termos técnicos adaptados e faça com que a sua escrita seja falada e escrita de forma clara.

O Tempo

As diferentes culturas têm diferentes interpretações sobre o tempo e, para algumas, as milestones são só um guia. Podemos valorizar a pontualidade, mas outros membros da equipa podem não ter a mesma opinião sobre a hora de começar uma reunião. A única forma de gerir isto é ter uma conversa franca com todas as pessoas envolvidas, explicando os desafios potenciais e pedindo a colaboração para os enfrentar. É melhor ter sempre esta conversa o mais cedo possível do que perder muito tempo em esperas para reuniões ou chamadas telefónicas.

Funções e Responsabilidades

A função do gestor de projecto pode ser muito respeitada no seu paìs, mas o seu trabalho pode não ser compreendido noutros lugares. Os seus colegas noutros paìses onde a companhia tem estruturas podem não receber direcções porque podem não o ver (ou à sua função) como muito importante. Igualmente, podem não ter recebido suficiente orientação acerca de como as suas responsabilidades de projecto se enquadram com a sua função e a deles relativamente à sua.
Este desafio vai ser descoberto tarde, infelizmente, e já bem depois de ter começado a trabalhar no projecto e, assim, o seu plano de acção para isto será enfrentar um problema que já ocorreu. Fale com as pessoas e colegas que já tiveram a mesma experiência em trabalhos internacionais. Pode ainda envolver os gestores locais que podem ajudar a definir com as suas equipas as expectativas acerca do projecto, as funções deles e o papel do gestor de projecto relativamente a elas.

Ferramentas

Faça o máximo com o software disponível para si. Use o melhor software de gestão que puder usar e que possa suscitar a colaboração e compreensão da equipa relativamente ao projecto.
Algumas ferramentas têm capcidades de menssagem instantãnea, como por exemplo o Skype. Este tipo de tecnologia significa que pode estar ligado aos membros da sua equipa mesmo quando eles não estão a trabalhar na mesma sala. Mas elas servem melhor quando a diferença horária não é maior que um par de horas.
As ferramentas como blogues e wikis que permitem trabalho assíncromo são valiosas nas situações em que as diferenças horárias são muito grandes. Pode ainda registar apresentações ou ‘conference calls’ e torná-las disponíveis mais tarde. Pense criativamente sobre os problemas que tem e que precisa de resolver e utilize de forma adequada a tecnologia.

Equipas virtuais

A gestão de equipas virtuais é difícil e exige muito compromisso de todos os envolvidos. Tem de ser muito melhor na documentação, na partilha de conhecimento e na construção da equipa, do que quando tem tudo e todos estão na mesma sala. Estar atento aos desafios das equipas virtuais é o primeiro passo para identificar os métodos que o irão a manter a si e à equipa no caminho certo.
Temos todos de aprender muito com culturas diferentes e trabalhar em equipas internacionais pode ser uma das mais recompensadoras experiência da gestão de projecto. Quando olhamos os benefícios de trabalhar em projectos internacionais, estes desafios de que falámos são só uma parte da rica experiência que resulta de um ambiente de trabalho que se amplia e é global.
Luís Quintino

domingo, novembro 27, 2011

Indicadores Chave de Perfomance de Projecto

Alguns KPI que podem ser usados para provar o valor do PMO e demonstrar a sua efectividade.

Tempo para o Mercado

  • Tempo para o Mercado = tempo passado desde a concepção da Ideia até à Realização
  • Tempo para o Mercado Alternativo = Tempo de Realização Real – Tempo Planeado para a Realização

O PMO pode melhorar o tempo para o mercado do produto de duas formas. Primeiro, pode aumentar a velocidade à qual cada um dos projectos é concluído. Os benefícios disto são óbvios, já que um projecto que é concluído mais rapidamente geralmente significa maior satisfação do cliente e da companhia porque estará disponível mais cedo. O PMO também melhora o tempo para o mercado ao promover uma melhor aderência aos planos do projecto. Ao fazer isto promove a satisfação do cliente, melhora a confiança na equipa do projecto e oferece uma melhor capacidade de previsão do futuro dos ciclos de vida futuros do projecto.

Mas ainda mais importante, isto irá garantir que um produto dependente de tempo não irá falhar o seu prazo, por razões inerentes ao projecto, para não reduzir ou fracassar no seu sucesso. Os PMO que de forma consistente melhoram o tempo para o mercado podem melhorar os seus processos e ser desenvolvidos bem e mais rapidamente.

Disponibilidade de Serviço

  • Disponibilidade de serviço = Data Real de Início – Data Óptima de Início

A disponibilidade de serviço refere-se ao tempo que leva a iniciar um projecto em comparação com a data desejada de início. Difere do tempo para o mercado de duas formas: primeiro, pode medir o tempo que é atribuído a actividades específicas em oposição a só se referir a data de conclusão de um produto e, segundo, pode ser medido em numerodos pontos durante o desenvolvimento do projecto. Como ponto de referência para o negócio, faz sentido porque mede a capacidade de concluir mais projectos ou alocar mais tempo a projectos propostos. Paar além disso, quando o PMO possui uma boa medida de disponibilidade de serviço está em posição para redireccionar recurso para actividades no caminho crítico se for necessário. O PMO especiliza-se na disponibilidade de serviço através de standardização de actividade e planeamento de futuros projectos.

Se a equação acima tem um número mais baixo isso significa maior disponibilidade de serviço. Contudo, uma companhia deve ser cuidadosa para não ter tal quantidade de disponibilidade porque isso significa que tem recursos desperdiçados. Isto pode desbaratar tanto dinheiro como o que é desperdiçado num plano mal feito e mal gerido.

ROI

  • ROI = (Rendimento – Investimento) / Investimento * 100

O PMO contribui para o ROI da companhia assegurando-se que os projectos são concluídos com sucesso e de acordo com as especificações definidas pelo cliente e stakeholders. Por isto, examinar o ROI como um KPI oferece uma vista incompleta à produtividade do PMO. Porque o PMO não influencia directamente o retorno financeiro. Antes oferece a estrutura através da qual poderemos construir o sucesso. O ROI, então, deve ser examinado em combinação com outras métricas para determinar a influência específica do PMO na performance global do negócio da companhia. O ROI pode ser usado para medir o sucesso, mas deve ser olhado projecto a projecto para determinar o impacto real do PMO.

Crescimento das Vendas

  • Crescimento das Vendas = (Vendas correntes – Vendas anteriores)/Vendas anteriores

O PMO contribui para o crescimento das vendas de forma muito semelhante à sua influência no ROI. Faz isso oferecendo um ambiente que permite o crescimento das vendas sem muito esforço, muitas vezes através da melhoria das métricas nesta lista, como tempo para o mercado e disponibilidade de serviço. No entanto, a medida do crescimento das vendas não especifica a função do PMO nessa melhoria. Entretanto, melhorar o crescimento das vendas irá ser muito atractivo para os executivos de alto nível e, em particular, os CFO, porque é aquilo que os accionistas e investidores procuram numa companhia. Como tal, e apesar das óbvias limitações, o crescimento das vendas é uma métrica importante porque uma melhoria nesta área vai criar mais oportunidades financeiras para o negócio e poderá convencer muitos descrentes no PMO.

Utilização do Serviço

  • Utilização do Serviço = Horas Facturadas/Horas Totais

Para além de reduzir e standardizar as actividades através do crescimento da disponibilidade do serviço, a utilização do serviço permite ao PMO garantir que o tempo está a ser usado com eficiência. Aqui, a utilização do serviço significa analisar os recursos alocados a um projecto e em particular os recursos humanos. Um PMO avançado será não só capaz de diminuir o número de pessoas que estão sobre e subutilizadas, mas será capaz de atribuir as pessoas para as actividades para as quais são os melhores, desta forma maximizando ovalor do seu tempo.

Aumentar a qualidade da utilização do serviço significa uma melhor qualidade do resultado do projecto na mesma quantidade de tempo. Isto irá optimizar a satisfação do cliente e dos empregados e irá garantir que o negócio está ao obter o melhor valor dos seus recursos e trabalho contratado.

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Demonstrar melhoria nestes KPI pode ajudar a mostrar o sucesso de um PMO da companhia. Em conclusão, o PMO ainda não foi aceite como necessário na maioria das organizações e é assim responsabilidade dele comprovar o valor que oferece. Deve repetir-se, contudo, que como o PMO é único, estes KPI devem ser olhados deforma específica para a companhia.

sábado, novembro 26, 2011

PMO e Métricas para o Sucesso

O Project Management Office (PMO) é a estrutura orgânica / função com a capacidade de instituir numa organização uma ampla e variado conjunto de mudanças positivas. De facto, e ainda bem, em muitas organizações no mundo compreendem a co-dependência entre o executivo e o PMO e agem para estabelecer os PMOs e justificam-nos por essa mesma razão.

Infelizmente, é muitas vezes uma das partes mais incorrectamente gerida e sub-utilizada em algumas partes importantes. A Gartner, importante firma de consultoria, apresentou as conclusões de um estudo em que indica que quase metade dos PMO acaba em fracasso. A questão, então, é porque é que um número tão elevado de companhias sente que os seus PMO não realizam valor?space

Há algumas respostas que devem ser exploradas, mas devido à natureza muito individual de cada PMO, é difícil ter uma lista definitiva de pontos de falha. Contudo, uma questão que atravessa quase todos os PMO tem a ver com as métricas. Demasiados PMOs não medem o seu sucesso com os adequados Indicadores Chave de Performance (KPI, como ouvimos falar com o uso do acrónimo do inglês). Devido a este fracasso, os executivos de alto nível podem com facilidade questionar o valor do PMO, particularmente o Administrador Financeiro (CFO) dirigido sempre por resultados.

O PMO, com o seu empenho em medir o processo e os protocolos, pode falhar no foco que deve ter nos KPI relevantes para o progresso global do negócio. Por efeito deste fracasso em documentar devidamente o seu sucesso, muitos PMO que antes foram produtivos estão a ser encerrados.

A lista seguinte de KPI potencialmente importantes pelos quais um PMO pode medir a sua produtividade no contexto do sucesso global da companhia. Esta lista baseia-se num estudo conduzido pelo Center for Business Practices e documentada no livro "Justifying the Value of Project Management". Julgo que estes KPI específicos são relevantes para as administrações e já provaram que melhoram as práticas de gestão de projecto.

Mas é importante, em primeiro lugar, relembrar duas coisas. Primeiro, o papel do PMO é (e será sempre) muito específico para as necessidades da Companhia em questão. Não se deve procurar aplicar estes KPI directamente. Ao contrário, eles devem adaptados para reflectirem o papel desempenhado pelo PMO. Segundo, demasiados KPI podem conduzir para uma percepção escondida da realização real do sucesso ou do fracasso.

Como se tivéssemos muitos indicadores no painel de instrumentos de um carro o que leva a que a medida seja arriscada e confusa. É sempre melhor pegar num par de KPI que se adaptam bem à companhia e focar a atenção naqueles em vez de medir uma quantidade elevada de indicadores que irão trazer resultados contraditórios.

terça-feira, novembro 22, 2011

Para que serve a Timesheet?

As Razões pelas quais os Gestores de Projecto devem Acompanhar a Duração

Nos escritórios por todo o mundo, as sextas-feiras à tarde são tempo de status e timesheets. Toda a gente desde as equipas técnicas aos gestores de projecto tem queixas acerca do sobre trabalho administrativo que implica o preenchimento das timesheets. Alguém em algum lado durante a corrente semana realizou trabalho que agora não aparece na timesheet e tem de se perguntar onde atribuir essas horas perdidas. E pode ter a certeza que alguns acreditam que todo este exercício de timesheet é exigido só por que a «gestão» não acredita que os trabalhadores consigam concluir o trabalho.

Apesar de tudo o que tem a ver com os registos de tempo, logo que as pessoas compreendem a melhor forma de o fazer de maneira a levar o menor tempo possível por semana, consegue-se geralmente obter um bom nível de adopção pelos empregados. Mas por que é isto útil? Por, pelo menos cinco razões.

Melhora a tomada de decisões

Tempo é dinheiro. Se sabe onde é que os seus empregados estão a gastar a maioria do tempo, tomará mais facilmente decisões acerca de como fazer poupanças ou em como realizar mais rápido. Por exemplo, se o tempo de viagem é consistentemente alto num projecto, pode ser apropriado analisar outras opções que estejam disponíveis em vez de ter pessoas valiosas e altamente pagas em viagem em vez de se focarem nos requisitos do seu trabalho.

Ajuda na atribuição de recursos

As ferramentas de gestão empresarial de projecto tornam fácil registar em que é que as pessoas estão a trabalhar e quais os projectos que estão no portfólio. Se pusermos os dois em conjunto verificamos que uma ferramenta empresarial pode mostrar quais os recursos que são necessários para os projectos em imediatos. Conhecer quais os requisitos do trabalho dos próximos projectos significa que se pode identificar quem estará livre para os concretizar.

Podemos até simular os recursos para definir o que poderá acontecer se se tirar alguém tirar alguém mais cedo de um projecto para realizar algum trabalho nestes projectos. A capacidade de simular com os recursos mostra as várias diferentes opções e permite seleccionar as mais apropriadas para cada situação.

Favorece a comunicação

As pessoas resmungam contra as timesheets, mas os dados que elas oferecem oferece um bom ponto de discussão. Saberá em que é que as pessoas estão a trabalhar e se elas estão a fazê-lo da forma correcta para usarem o seu tempo. Debaixo deste foco é mais difícil esconder os projectos. Não será preciso encontrar uma desculpa para falar à equipa de projecto, mas as timesheets dão sempre uma boa. Reveja com eles o tempo gasto no projecto e peça sugestões acerca de áreas que podem ser melhoradas.

As previsões são mais acertadas

É muito difícil justificar que esteja quase a terminar numa actividade em que mesmo agora se mudou a previsão para permitir atribuir-lhe mais 20 horas. É fácil ao gestor de projecto ver quanto trabalho exactamente ainda tem de ser feito. Esta informação é de enorme valor para o plano do projecto e para a previsão do que vai acontecer durante o resto do projecto.

As estimativas têm mais significado

Para além de permitirem olhar para a frente com propósitos de previsão, as timesheet também permitem olhar para trás. Quanto tempo levámos a fazer os testes da outra vez? Será possível ter informação até à hora mais aproximada. Esta é informação realmente útil para quem tem de planear. As estimativas do trabalho futuro podem ser informadas e melhoradas com exemplos reais de como estas actividades forma realizadas no passado.

O registo de tempo pode ser um assunto desagradável para falar com a equipa, mas as ferramentas tornam fácil integrar este nos métodos de gestão de projecto. Quando possuir um registo robusto do tempo a funcionar e perceber a informação que consegue obter, vai querer para sempre com timesheets.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Quanto tempo para implementar a ISO 27001

Esta é a segunda pergunta mais comum no que respeita à implementação da ISO 27001. A primeira é, evidentemente, «quanto é que vai custar?». Bem, mas a resposta não é muito encorajante – porque a maioria das pessoas acha que se faz num par de meses. Só que isto não é realista – a duração mais aproximada se tudo correr bem é: cerca de 1 ano.

Claro que se pode continuar a produzir 50 documentos com fluxos, regras e normas em alguns dias e reclamar que temos regras em conformidade com a norma ISO 27001, mas isto não é aquilo que importa. O que queremos falar é sobre a implementação que faz sentido, que produz resultados – um menor número de incidentes, crescimento da eficiência, poupança de custos, etc.image

Tempo para as fases de PLANEAR e FAZER

O esforço principal da implementação será gasto nas fases de Planear e fazer, ou seja, nas primeiras fases mandatórias nas quais são realizadas a avaliação de risco e análise de impacto no negócio e nas quais todos os controlos (incluindo os planos da continuidade do negócio) são implementados. A duração para estas duas fases depende, em primeiro lugar, da dimensão da organização.

  • Organizações mais pequenas (até 50 colaboradores) normalmente implementam o standard em 8 meses.
  • Organizações médias (até 500 colaboradores) implementam o standard de 8 a 12 meses.
  • Organizações grandes (mais de 500 colaboradores) a implementação leva de 12 a 15 meses.

As companhias que arrastam estes projectos demasiado tempo, não conseguem terminar – em tais organizações nunca há suficiente reconhecimento da importância do standard, e assim os recursos financeiros e humanos dedicados ao projecto nunca são suficientes.

Quando falamos de tempo de implementação é importante referir que o trabalho de implementação da ISO 77001 e da ISO 25999 não termina com as fases Planear e Fazer – estes sistemas de gestão necessitam ser mantidos e melhorados (fases Verificar e Agir), o que significa que o trabalho na segurança da informação e na continuidade de negócio não é uma vez mas sim contínuo. Contudo, o esforço para manter e melhorar o sistema de gestão é bem menor que o necessário nas duas primeiras fases.

As coisas que aceleram a implementação

A duração que referimos acima depende de muitos factores, mas geralmente os seguintes factores irão acelerar a implementação:

Realizar a implementação como um projecto – se souber com exactidão quais são os objectivos, quem é o responsável e por quê, se os recursos estiverem dispo níveis e quais são os resultados, não só irá acelerar o processo, mas também aumentará as usas oportunidades de sucesso.

Se já tiver a ISO 9001 ou outro sistema de gestão – os standards não são diferentes de outros sistemas de gestão, o que permite utilizar alguns dos procedimentos e processo existentes e poupar entre 20 a 30% de tempo.

Se já possuir a funcionar muitos dos procedimentos e políticas de segurança / continuidade de negócio – a oportunidade de que a documentação existente seja aceitável para a ISO 27001/25999 irá reduzir o tempo de implementação; também por que já possui na organização uma compreensão acerca da segurança da informação e continuidade de negócio.

Possuir os modelos de documentação adequados – não quero dizer quaisquer modelos de documentação, mas modelos na própria língua, apropriados para a dimensão da companhia e feitos para o propósito das ISO 27001 e 25999. Os modelos livres da internet obrigam à tradução e adaptação, com frequentes revisões.

Possuir o conhecimento – este pode obter-se através da leitura, formação pessoal, cursos online, ou pela contratação de um consultor; sem o conhecimento o seu projecto irá levar mais tempo, e provavelmente nunca será concluído.

A última mas certamente a primeira – o apoio e compromisso da gestão – se este não for obtido e se não for comprometido efectivamente em recursos e em dinheiro, o projecto irá demorar mais ou será concluído mesmo antes de começar.

Em conclusão – a implementação de standards com o estes toma muito tempo o que força a que se faça com este propósito em mente. Se a implementação for realizada de forma superficial ou sem objectivos claros, não irá somente perder uma quantidade de tempo mas também perder uma oportunidade para ajudar a companhia a melhorar e a crescer.

LQ

quinta-feira, novembro 03, 2011

O Controlo da Mudança

Continuamos hoje a falar do processo de controlo da mudança e a esclarecer como se pode implementar o processo com simplicidade.

O controlo de mudanças é uma parte importante do processo de gestão de projecto. No caso da Engenharia e Construção quase que podia afirmar que ninguém implementa um processo formal e piro ainda, as mudanças são muitas vezes utilizadas para resolver a má estimação inicial do contrato. changes

Mas, com o ritmo de mudança nos nossos dias é mais do que certo que os projectos enfrentam exigências de mudança durante a sua vida. Muito embora a mudança possa ajudar a assegurar que os projectos estão alinhados com as necessidades de negócio, é importante ter em conta que cada mudança deve ser cuidadosamente considerada e aprovada. Daí que o processo mesmo que deforma elementar deve ser criado na equipa de projecto.

O processo de controlo da mudança na gestão de projecto garante que todas as mudanças propostas durante o projecto são devidamente definidas, consideradas e aprovadas antes da implementação. Isto garante que nenhumas mudanças desnecessárias sejam realizadas e, assim, os serviços não são interrompidos e os recursos são eficientemente usados. Se isto não são benefícios importantes então pensem o que será se o processo não for implementado.

O processo de controlo da mudança contém 5 passos:

  1. Propor uma mudança
  2. Sumário do impacto
  3. Decisão
  4. Implementar a mudança
  5. Fechar a mudança

Durante o processo são utilizados dois documentos:

  1. Registo das mudanças: usado para registar todas as mudanças pedidas e decisões tomadas
  2. Formulário de Registo de Mudanças: usado para documentar os detalhes da mudança, incluindo o seu business case.

Propor uma mudança

O processo, pensado desta maneira, oferece a capacidade de qualquer pessoa na equipa do projecto 8 mas incluindo o cliente) propor uma mudança ao projecto. A proposta deve incluir uma descrição da mudança e os benefícios esperados ou outra razão justificativa da mudança. A mudança é apresentada usando o Formulário de Pedido de Mudança e adicionada ao Registo de Mudanças do projecto.

Sumário do Impacto

O projecto é conduzido pelo Gestor do Projecto que irá considerar o impacto da mudança no projecto. Serão consideradas as seguintes questões:

  • Custo quantificável de poupanças ou benefícios
  • Razão para a mudança legal, regulatória ou outra
  • Custo estimado da mudança
  • Impacto na escala de tempo do projecto
  • Recursos adicionais necessários
  • Impacto em outros projectos ou actividades de negócio
  • Novos riscos ou questões

Depois desta avaliação, o gestor de projecto recomenda se irá ser desencadeada a mudança.

Decisão

Este processo envolve a revisão do pedido de mudança por uma autoridade definida que irá considerar toda a informação obtida por quem fez o pedido e a avaliação de impacto do Gestor de Projecto. A decisão será usualmente:

  • Aceitar
  • Aceitar com comentários ou condições especiais
  • Rejeitar
  • Deferir (a mudança não é aprovada, mas poderá ser considerada mais tarde)

Implementar a Mudança

Se a mudança é aprovada esta será planeada, calendarizada e implementada na data acordada com os stakeholders.

Como parte do planeamento, deve ser elaborado um plano de regressão para o caso em que se deva recuar da mudança.

Depois da implementação é habitual levar a cabo uma revisão pós-implementação.

Fechar a Mudança

Quando o responsável pelo pedido de mudança dá o seu acordo a que a implementação foi correctamente realizada, a mudança é fechada e registada no Registo de Mudanças.