domingo, dezembro 05, 2010

Cuidados finais com o processo

Continua de ‘Modelar o Workflow’)

Desenhar um processo exige trabalho e observação directa sobre um ou mais especialistas. Requer ainda atenção ao detalhe. Para o realizar temos de nos levantar e sair do gabinete para então realizar a análise das tarefas.

A parte que é talvez mais difícil é aceitar que não sabemos realmente o que se passa à nossa volta. Também é muito difícil observar imparcialmente uma pessoa a fazer alguma coisa que se julga que pode ser feita melhor sem se intervir – mas o objectivo é ser um observador imparcial. Se não consegue fazer isto então necessita de um profissional sem envolvimento para documentar os processos. O objectivo durante a análise das tarefas é documentar e não melhorar.observation

Parte da aprendizagem do que se faz na realidade é coleccionar todas as formas usadas por qualquer pessoa envolvida no processo que se está a estudar. Deve capturar ecrãs ou cópias físicas de dados de formulários usados. Tomar boas notas sobre a forma como são usados. Faça o mesmo para quaisquer «ferramentas» ou sistemas em uso.

Um princípio chave da ITIL é a eficiência – trabalhar melhor, não mais. Assim, a melhoria no tempo que leva a fazer as coisas é uma medida importante. Isto é muito conhecido na indústria e nos círculos dos recursos humanos, mas é também muitas vezes subestimado pelos gestores de TI que procuram a melhoria do fluxo do processo.

Para além da recolha das ferramentas em uso, é necessário capturar quanto tempo leva o trabalho a ser feito. Precisa de estar apto a responder à pergunta «quanto tempo leva a fazer isto?» antes de responder à questão «será que devo alterar isto?»

O valor de um modelo de processo exacto não pode ser incompreendido. Não se pode melhorar nada sem o compreendermos

Modelar o Workflow

Chegou a altura de fazer um gráfico de fluxo. Agora vê o que não pode fazer um gráfico de fluxos num gabinete ou sala de reuniões.

Pode modelar o fluxo de trabalho (análise da tarefa) através de um desenho ou utilizando símbolos de gráficos de fluxos.

Os símbolos comuns são:

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Início/Fim – Uma oval indica o início de uma tarefa ou uma conclusão. Um fluxo deve possuir só um ponto de partida mas poderá ter muitos pontos de fim. Como por exemplo o início do processo de Gestão de Problemas.

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Input/Output – Um paralelograma indica um input ou um output. Seguindo o exemplo da Gestão de Problemas um input é o Registo de um Incidente. Um output pode ser o Registo de um Erro Conhecido. Normalmente, um output torna-se o input de outro processo ou cadeia de eventos.

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Processo/Procedimento – Um rectângulo indica um procedimento simples. Isto é, tecnicamente, denominado um processo, mas não fique confuso com o processo ITIL e o símbolo de processo num gráfico de fluxos. Estes processos não incluem decisões. Seguindo o exemplo, um processo de gráfico de fluxos pode ser a revisão de Incidentes associados com o registo de problemas.

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Decisão – Um losango indica uma decisão e o fluxo de saída deste símbolo pode ser outra cadeia de Início/Fim, input/output, processo/procedimento e símbolos de decisão.

Pode simplesmente usar um desenho com texto se quiser. O que é importante é documentar o que acontece tão completamente quanto possível e produzir o seu modelo tão cedo como possível depois de recolher todos os dados possíveis.

Agora precisa de criar o modelo e deve fazê-lo no mesmo dia em que recolheu a informação. Isto é devido a não termos, de facto, conseguido apontar toda a informação! O que tem em mente é exactamente a cola que permitirá documentar o que aprendeu – se esperar para escrever irá perder detalhes vitais do processo.

Quando cria o seu modelo, faça-o utilizando ‘blocos’ simples e compreensíveis. O que permitirá que qualquer pessoa siga o fluxo do processo, especialmente os que não estão familiarizados com este. Para já, não inclua tempos no fluxo, concentre-se no trabalho, já que os tempos podem ser adicionados depois.

Tente desenhar o modelo da esquerda para a direita, com outras actividades dentro do processo ‘a descer’ dos blocos do topo. Tente evitar, na medida do possível, a duplicação e os cruzamentos.

Faça a revisão do seu gráfico com o especialista e, depois, reveja de novo o gráfico. Quando se sentir satisfeito e que o gráfico representa com exactidão o que se passa (não aquilo que você pretende), pode voltar e adicionar os tempos.

Esteja pronto para uma surpresa – ficará provavelmente, espantado com a quantidade de trabalho e o tempo envolvido. Só agora pode pensar acerca da ITIL, e agora pode melhorar o seu fluxo do processo.

sábado, dezembro 04, 2010

Andar o caminho

(Continuação de ‘Fluxo Real versus Fluxo Imaginário’)

O seu propósito é observar o fluxo total e isso toma tempo. Por exemplo, consideremos o Service Desk, pode necessitar de algumas horas para observar como são respondidas as chamadas, as tarefas envolvidas, os atrasos, períodos de espera, uso de ferramentas, documentação acedida, movimentos físicos, etc. Outros processos podem ainda levar mais tempo. O objectivo exige exactidão e detalhe, leve algum tempo.

WalkObserve o especialista seleccionado. Aproveite algumas destas dicas:

Assegure-se de que quem está a ser observado sabe o que você está a fazer e porquê – eles são os especialistas e você quer fazer como eles fazem as coisas funcionar,

  • Foque-se no normal ou no trabalho de rotina e não nas excepções
  • Observe mais do que uma repetição do trabalho
  • Escreva imediatamente as coisas importantes
  • Seja meticuloso e atento com os detalhes
  • Não interrompa o especialista, não o critique ou tente corrigir.

Necessita capturar o ’quem, quê, como e quando’ do processo e deve deixar passar o ‘como e porquê’ para já. Tente então registar durante análise de tarefas:

  • Quem está a fazer o trabalho e como muda cada vez que a pessoa deixa de trabalhar
  • O que é feito em cada passo do processo
  • Quando o processo se inicia, qual é o tempo necessário para realizar cada tarefa principal e quais os atrasos
  • Onde está localizado o trabalho no início do processo e para onde vai
  • Quando tiver todos os factos precisa desenvolver um gráfico de fluxos do processo para modelar o workflow.