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terça-feira, abril 17, 2018

Tomar melhores decisões


Chegado de Tripoli, aonde estive a aconselhar e a apoiar um cliente em vários grandes projectos, eis um assunto que me saltou para a frente, ao observar gestores a tomarem decisões incompletas e titubeantes, ao mesmo tempo, que os problemas se agudizavam.
Os bons leaders tomam grandes decisões. Será que têm um processo para fazer isso? Quais são então as técnicas para a tomada de decisões rápida?

Muitos leaders usam um processo de 5 passos para tomar as suas decisões. Este é um processo comum que pode ser utilizado para melhorar o processo de tomada de decisões. Quais são os passos:

Investigar o problema

decisaoQuando um problema se coloca toma em primeiro lugar, todo o tempo que necessitar para identificar a sua causa primária e certificar-se que não é só um sintoma de outro problema escondido. Os problemas em projecto relacionam-se usualmente com pessoas, processos, equipamento ou materiais. Descubra quando, porquê e como ocorreu e qual o seu impacto no seu projecto.

Estabeleça prioridades

Nos projectos os problemas estão sempre a ocorrer. Deve determinar-se quando um problema necessita de atenção urgente ou não, com base no seu impacto para o projecto. Se tem alto impacto (p. ex. impedindo a equipa de poder trabalhar) então é de «alta prioridade» e é preciso acabar o trabalho e resolver rapidamente o problema.

Identificar as soluções

Quando temos uma compreensão clara do problema e do seu nível de prioridade, precisamos identificar ar as soluções para o enfrentas. Depois devemos rever cada alternativa para determinar se:
  • Resolve a causa primária do problema
  • É fácil e prática de implementar
  • Previne o problema de voltar a ocorrer

Tomar a decisão

Agora dispomos já de toda a informação necessária para tomar a decisão. Não tome, no entanto, as decisões demasiado à pressa. Tomem algum tempo do dia para ponderar cuidadosamente todos os prós e contras. Vá passear, ou se é mesmo muito importante durma em cima da decisão para poder ter a cabeça fria e clara quando decidir. Tome as decisões menos importantes com rapidez, mas tome mais tempo quando toma decisões que são críticas para o sucesso do projecto

Agir sobre a decisão

Quando pensou sobre tudo e tomou a sua decisão, precisa de estar completamente comprometido para as implementar. Aja de acordo com a decisão e comunique à sua equipa ao mesmo tempo que define e planeia as actividades necessárias para a realizar e fazer acontecer. Lembre-se que qualquer problema afecta o seu projecto de alguma forma, o que exige que se actue de forma rápida logo que se decide o que fazer. 
Desta forma toma melhores decisões de forma mais rápida e sentimos que estamos a gerir melhor.
Uma forma de melhorar o processo de decisão é a utilização de metodologias de gestão consistentes em projecto que ajudarão a guiar o projecto e a equipa ao longo de todo o processo.

sexta-feira, novembro 10, 2017

Orientações para o uso de constrangimentos nos planos


O demasiado uso de constrangimentos no agendamento do projeto é desencorajado, entretanto quais são situações específicas em que os constrangimentos devem ser evitados e quais aquelas em que as restrições são adequadas?
Os constrangimentos descrevem datas importantes na vida do projeto que a lógica da rede sozinha não captura. Mas os constrangimentos, tanto rígidos como suaves, devem ser reduzidos no cronograma, porque as restrições impedem a propagação de atualizações de cronograma e / ou o progresso ao longo do cronograma, ou seja, as datas de restrição não mudam automaticamente e / ou atualizam quando o cronograma for atualizado.
Os projetos que têm muitos constrangimentos não são dinâmicos; eles geralmente requerem atualizações manuais tediosas para cada data de restrição. Portanto, o amplo uso de constrangimentos não é uma boa prática de programação, e há situações em que os constrangimentos são particularmente inadequados ou, com sorte, mais ou menos adaptados. Devemos considerar a adequação das restrições em cada situação.
Este post coloca orientações gerais sobre a adequação de inserir um constrangimento na sua situação particular do projeto.
Evite usar constrangimentos nas seguintes situações:
1.      Determinação da disponibilidade temporária dos recursos do projeto - A maioria dos agendamentos possuem calendários de recursos para especificar a disponibilidade de recursos do projeto. Os calendários de recursos são uma maneira mais dinâmica de definir disponibilidade sem restrições, corrigindo esforços relacionados com a atividade, conforme a disponibilidade da equipe de trabalho atribuída.
2.      Modelação de janelas de oportunidade - Fixar datas de tarefas com constrangimentos, novamente, é uma maneira estática de agendar datas da atividade. deve alterar manualmente essas datas de restrição.
Considere aplicar constrangimentos nas situações seguintes:
  1. Dependências externas - as entregas são melhor modeladas usando uma combinação de milestone e constrangimento, ou seja, um marco limitado. A milestone marca o evento de entrega e o constrangimento especifica a data de entrega. Isso é melhor do que restringir uma tarefa sucessiva para começar não antes da data de entrega. Com o marco limitado, se a entrega for atrasada, você sabe que os atrasos no cronograma estão diretamente relacionados à entrega da matéria-prima e / ou do equipamento.
  2. Reuniões - Atividades de grupo como reuniões exigem uma data acordada antes da programação. Restringindo a data da reunião para que ela permaneça fixa apesar do refluxo e fluxo das datas de início e fim das atividades circundantes.
  3. Clima: o seu projeto de dragagem do rio deve concluir antes do aumento de caudal do rio no inverno, de modo a restringir a dragagem do rio para completar em ou antes, digamos, 22 de novembro. Um constrangimento, no entanto, pode não ser a melhor ferramenta. Os calendários de tarefa podem suportar melhor as janelas de oportunidade relacionadas ao clima para cada ano.
  4. Eventos públicos - como reunir os participantes, o público precisa de uma notificação sobre quando o evento ocorrerá. A data planeada é divulgada e deve permanecer fixa.
  5. Entregáveis - São datas contratuais que concordou em fornecer os produtos relacionados com o projeto.

Em suma

A maioria das orientações de agendamento desencorajam a ampla adaptação de constrangimentos. Algumas diretrizes exigem mesmo que as datas de restrição sejam especificadas no contrato.

Calendários de recursos e calendários de tarefas em lugar de constrangimentos suportam um cronograma mais dinâmico. A janelas de oportunidade é, portanto, melhor definida com as ferramentas do calendário de agendamento. Use milestones constrangidas para modelar a entrega de matérias-primas ou outros elementos do projeto,

quarta-feira, novembro 01, 2017

Gestão de Risco

A gestão de risco é um dos grupos de processos essenciais na gestão de projeto e um daqueles que é realizado elementarmente e sem consistência, quando algo é feito. Na maioria dos projetos em que me vi envolvido a gestão de risco não era um processo do projeto e a sua análise só era realizada quando algum evento gravoso se apresentava. Mesmo nessas ocasiões a abordagem era a de principiantes.
Juntei aqui alguns dos posts que escrevi ao longo do tempo sobre a gestão de risco e tentei organizá-los para que a sua leitura os conduzisse por um processo de aprendizagem.

  1. Iniciação do Projeto
  2. Um princípio fundamental na gestão de Incerteza
  3. Análise de Risco do Projecto: O que é e porquê fazer?
  4. Tipos de Risco no Planeamento
  5. Categorias de Riscos a ter em atenção
  6. Principais Categorias de Riscos
  7. Reporting de Risco em Projetos
  8. O Risco, uma técnica simples
O último post apresenta uma técnica sumária para realizar uma simples análise de risco do seu projeto elencando os principais elementos que são origem de risco.

terça-feira, fevereiro 07, 2017

Contribuir para o sucesso em projeto na construção

Os fatores chave que são centrais para o sucesso dos projetos são conhecidos há muito e resumem-se a dois – melhor gestão de projeto e inovação tecnológica. A realidade, no entanto, é que 98% dos projetos de grande dimensão enfrentam ultrapassagens de custo e atrasos. O custo médio acresce normalmente em 80% do valor original e o atraso médio é de 20 meses relativamente ao plano.

Fatores Centrais do Sucesso 

Há muitas razões para estes valores e a começar a produtividade ou melhor, a falta dela. Há décadas que a produtividade na construção se mantém parada, o que é contraditório com o que ocorre, por exemplo, na manufatura em que ocorreu um incremento de 100% nos últimos 20 anos e se mantém uma tendência de crescimento.
Destaco alguns dos fatores mais importantes para a fraca produtividade e aumento de custos.
  • Organização pobre. A tomada de decisão e os processos de procurement não tem a velocidade e a escala requerida.
  • Comunicação inadequada. As inconsistências no reporting significam que empreiteiros, subempreiteiros e clientes não possuem uma compreensão comum de como se encontra o projeto em qualquer ponto do tempo.
  • Gestão da performance falhada. As questões por resolver acumulam-se motivadas pela falta de comunicação e a fraca prestação de contas.
  • Desentendimentos contratuais. A equipa comercial negoceia o contrato e este é muitas vezes denso e complicado. Quando o problema ocorre, o gestor de projeto pode não compreender como deve proceder.
  • Ligações perdidas. Há diferentes níveis de planeamento, desde o alto nível até à operação diária e semanal. Se o trabalho diário não é concluído, os planeadores devem sabê-lo – mas muitas vezes não o sabem – assim não podem mudar as prioridades em tempo real.
  • Planeamento de curto prazo pobre. Geralmente as companhias são boas a perceber o que deve ser feito nos próximos dois ou três meses, mas não são tão bons a programar as próximas duas ou três semanas. O resultado é que o equipamento necessário não está disponível quando é preciso.
  • Gestão de risco insuficiente. Os riscos de longo prazo são avaliados com detalhe, mas aqueles que nascem do trabalho nem de perto.
  • Limitada gestão de talentos. As companhias recorrem às equipas e pessoas com que estão familiarizadas em vez de procurarem as melhores pessoas para o trabalho.


Estes problemas são sérios, sistémicos e muito comuns. Mas mesmo assim as companhias conseguem ter sucesso. O fator central que os peritos identificam que reforça este sucesso é a melhoria de competências «básicas» de gestão de projeto. Algumas práticas destacam-se para contribuírem para a melhoria da performance em obra subordinadas às fases de projeto – conceito e desenho, contratação e procurement e execução.

segunda-feira, dezembro 08, 2014

Integração de planos num megaprojeto

Um megaprojeto refere-se a um projeto que cobre áreas de trabalho múltiplas e que envolve geralmente um alto nível de despesa e uma duração que se estende por vários anos.

A primeira questão que se coloca quando pretendemos colar e consolidar múltiplos cronogramas é compreender o que queremos alcançar, ou seja, qual é a forma como o projeto vai ser realizado. Em muitos casos, estamos a tratar da definição do mecanismo que conseguirá agrupar toda a informação detalhada num só local. Toda a informação pode depois ser usada para gerar relatórios sumários de dados ou relatórios vários para apresentar aos vários stakeholders.

Esta agregação resultará quando conseguimos por esta forma mostrar aos stakeholders que o projeto progride, com dados estatísticos de milestones alcançadas relativamente às remanescentes.
 

Como configurar cronogramas para integração

A integração dos planos requere para ser alcançada:

  1. Uma estrutura
  2. Um conjunto de regras
  3. Garantir o cumprimento das regras.

Em primeiro lugar, a estrutura deve ser a hierarquia das áreas, funções e / ou fluxos de trabalho e baseia-se na estratégia definida de realização do projeto. Dentro de cada elemento da hierarquia deverá haver um conjunto de atividades que estão de forma lógica ligadas com pontos de controlo e milestones.

Em segundo lugar, as regras devem incluir:

  • Uma identificação para cada plano da área a que respeita: um código que identifica os planos individuais;
  • Um dicionário dos dados que identifique qual a informação exigida e em que campos;
  • A definição dos critérios de aprovação para as milestones ou resultados para garantir a consistência da conclusão:
  • As limitações e fronteiras do que pode e não pode ser mudado (e quem deve rever e aprovar) o que é uma combinação de controlo de configuração e controlo da mudança;
  • O ciclo de manutenção e revisão conforme o ritmo adequado.

Estas regras devem ser estabelecidas o mais cedo possível e comunicadas a todas as equipas envolvidas no megaprojeto. As regras devem ser fáceis de entender e aplicar.

Finalmente, estabelecidas as regras deverá existir um nível de «policiamento» e verificação do seguimento das regras. Basta que só uma área do projeto faça uma coisa diferente para haver um impacto muito grande em todo o megaprojeto.

Em alguns casos, a verificação do cumprimento das regras pode ser uma auditoria dirigida por um conjunto de critérios que atuam como uma porta (gate) e definem o mínimo standard que tem de ser aceite antes de realizar a consolidação com sucesso.
 

Benefícios da integração de planos

¶ O benefício mais significativo para uma organização de ter um plano integrado é a visibilidade melhorada sobre os dados do projeto. Esta visibilidade permite a geração de sumários a partir dum único local o que permite rapidamente identificar as áreas que não estão alinhadas ou desenvolver a confiança no cumprimento do trabalha em seguimento do plano.

¶ As organizações podem ainda realizar auditorias nos planos para identificar erros ou anomalias e, por estarem os dados numa localização única, é mais reduzido o número de vezes que se exige para esta verificação.

¶ O resultado obtido será mais consistente entre as várias áreas do plano do megaprojeto graças à integração dos planos.

¶ A integração dos planos permite mostrar interfaces e dependências entre os diferentes planos.

¶ A integração dos planos oferece continuidade ao megaprojeto mesmo com a mudança de elementos individuais das equipas, o que tem alta probabilidade quando o projeto dura vários anos.

Problemas com a integração dos planos

¶ Será necessário mais tempo de preparação para agrupar os planos individuais para garantir os standards requeridos. Este tempo adicional deve ser concedido quando se realiza o ciclo de atualização.

¶ Potencialmente pode ser necessário reunir muitos dados para garantir a identificação das questões reais – o foco pode estar mais na quantidade de informação, isto é, milestones alcançadas mais do que as milestones estão a oferecer como caminho do progresso.

¶ A abordagem de «policiamento» pode ser vista como apontar para mentalidade de resposta formatada em vez de enfrentar as questões do plano já que o foco pode estar na conclusão dos standards em vez da recolha efetiva de informação necessária às equipas.

¶ Com os detalhes incluídos no plano integrado deverá haver uma forma simples de sumarizar ou filtrar para mostrar níveis mais gestionáveis ou pode ser um trabalho imenso.

¶ Informação adicional é requerida para ser guardada para garantir que quando os membros da equipa mudam as assunções e a base do plano não são perdidas.

Conclusões

Em muitos dos casos, um plano integrado pode ser benéfico para uma organização e para a conclusão com sucesso do projeto, muito embora resulte sempre num interface com milhares de linhas. A chave para manejar grandes quantidades de dados é garantir que se recrutam pessoas com as competências adequadas na equipa de forma a garantir que o projeto não fica sem controlo. Finalmente e mais importante é essencial acordar desde o início se a quantidade da informação pode ser usada de forma construtiva para evitar o debate entre quantidade e qualidade dos planos.

Luís Quintino

sexta-feira, novembro 21, 2014

Realizar o Plano

O propósito deste post é apresentar uma metodologia o mais fácil possível para enfrentar o planeamento, a estimação do tempo e do custo do plano de um projeto.

A meta é chegar rápida e facilmente a:

  • Identificar o que significa «feito»
  • Identificar quando o «feito» pode ser feito.
  • Identificar quanto custa «feito» (para obter financiamento)
  • Identificar quem necessita estar envolvido em realizar o «feito».

Presume-se que os leitores têm familiaridade com ferramentas de planeamento como o Primavera P6 ou o Project. Para o nosso caso, utilizamos o Primavera P6.
 

Planeamento

Reúna uma lista de resultados. Esta lista é preferível a uma lista de atividades, ou seja, esta é a lista de elementos que temos de realizar para chegar a um resultado. Deixe que as atividades sejam o domínio das pessoas que fazem as atividades. Focalize-se em identificar e denominar os resultados. Inclua todos os componentes até aqueles que necessitamos para a mitigação do risco. Na engenharia, usualmente o contrato e o SoW são referências importantes para esta lista.

Olhe para o calendário. Uma ferramenta de planeamento é boa para isso e permite a sua real adaptação do trabalho às condições. Incluir tempo a mais no calendário não é boa prática porque cria estimativas erradas para o «feito».

  

Configure o plano

Importe a lista de resultados como elementos do plano, da WBS.

Adicione ao plano uma milestone de início e uma de fim.

Na lista de resultados que corresponde à sua WBS defina, no interface de Atividades, um mínimo de atividades, por cada um, que preencha o tempo total previsto para a sua realização mantendo o detalhe no mínimo necessário. Estamos a criar o plano global do projeto.

Ligue essas atividades entre si com recurso às funcionalidades de ligação em Finish to Start. Evite criar muito detalhe e mantenha tudo simples.

Use para as atividades os seguintes campos de configuração:

  • Tipo de atividade: duração fixa, para deixar o computador calcular as unidades a partir da duração do trabalho.
  • Tipo de percentagem de conclusão escolha a física para se responsabilizar por todas as entradas de dados – não é boa opção deixar a máquina fazer a introdução de status por si.
  • Duração: escolha em dias, não misture unidades de tempo dentro do plano.
  • Ligue as atividades de forma a todas terem sucessor e predecessor.
  • Utilize um Recurso Non Labor para definir um peso para as atividades que inclua uma ponderação (de duração x custo x intensidade dos recursos). Pode evoluir nesta classificação de acordo com outra informação recolhida no projeto como orçamento, estimação de duração, etc.
  • Inclua Milestones de aprovação, quando necessário, designadamente as relacionadas com Gates do plano. Muitas indústrias utilizam esta forma para passarem etapas ou estágios do projeto.
  • Crie uma lista geral de recursos a utilizar no projeto. Lembre-se que estamos a planear em alto nível e o que queremos é ter alguma sensibilidade para os totais de horas de trabalho ou de máquina a utilizar para determinadas atividades. Muito mais importante do que saber quem vai trabalhar é definir a capacidade necessária para o realizar.
  • Atribua os recursos – por equipas, por exemplo – às atividades de cada resultado.

Veja e trabalhe sobre os resultados

  • Calcule o plano, analise os resultados. Faça qualquer alteração ou adaptação conforme as necessidades ou as contribuições dos membros da equipa.
  • Faça uma análise à distribuição das ponderações do Recurso Non Labor criado para assumir os custos através de um relatório dos recursos atribuídos (Resource Assignement), ou uma folha em Resource Usage.
  • Faça a mesma análise às Horas Homem dos Recursos atribuídos, por mês e semana, para as verificar distribuídas.
  • Veja o Caminho Crítico o que lhe vai permitir ver a data em que se prevê que o plano seja concluído e quais as atividades que estão no caminho crítico. Se não estiver de acordo com os resultados volte a planear.
  • Veja a Resource Usage em spreadsheet e em gráfico (Profile).

Em seguida

  • Reveja o cronograma resultante em função da disponibilidade de recursos.
  • Reveja o cronograma em função das datas. Atualize se necessário o calendário para incluir todas as exceções (lembre-se das grandes festividades, dos períodos meteorológicos mais agudos, dos feriados, etc.). Reveja de novo e adapte.
  • Reveja o cronograma em função das expetativas dos clientes e da prontidão dos fornecedores. Os primeiros querem mais e os segundos oferecem sempre menos do que prometem.
  • Quando o plano está suficientemente completo, submeta-o para aprovação.
  • Após aprovação estabeleça uma baseline e comece a acompanhar o progresso em relação a esta.
  • Cumpra os intervalos de progresso definidos (semanal e / ou mensal) e atualize o plano – agora plano corrente – e compare-o com o seu plano original (a baseline).
  • Vá refinando com maior precisão o plano remanescente conforme vai progredindo.

 

A utilização do Excel

Algumas pessoas dizem preferir (e algumas vezes até se gabam disso) o Excel (ou equivalente) para realizar o planeamento dos projetos e mantê-los «simples». O que penso acerca disto é que sim, se estamos preparados para o fazer e estamos em condições de introduzir todos os cálculos necessários, porque não? Sei que isso não vai ser fácil e sei que em grande medida os algoritmos de uma aplicação de gestão de projeto só com imensa dificuldade podem ser incluídos em tal folha de cálculo.

Evite o Excel, em minha opinião, ou outros métodos manuais a não ser que esteja preparado para ter uma imensa quantidade de trabalho, trabalho que uma ferramenta de projeto pode fazer por si.

terça-feira, julho 08, 2014

Controlo do âmbito do projeto

Porque é importante evitar alterações num projeto - mas por que elas não podem ser totalmente evitadas?

Mudanças da baseline técnica do projeto devem ser evitadas tanto quanto possível, por duas razões:

· Em primeiro lugar, mudar os requisitos técnicos pode alterar o custo do que foi estimado na fase de oferta, e

· Em segundo lugar, as mudanças levam sempre a distúrbios e re-trabalhos, para todas as partes impactadas, que são muito mais prejudiciais e difíceis de avaliar do que os custos diretos.

São implementadas inúmeras mudanças durante a execução de um projeto. Algumas fazem parte da normal da execução do projeto e não podem ser evitadas. Incluem o desenvolvimento do projeto, a incorporação de informações de fornecedores, etc. Várias alterações, no entanto, podem ser evitadas. Estas são os pedidos feitos pelo cliente que são na verdade extras sobre as exigências contratuais.
 

Gerir as mudanças criadas pelo Cliente

Existem dois tipos destes pedidos. Em primeiro lugar, as mudanças reconhecidas, isto é, carta formal do cliente com um pedido de trabalho adicional, a implementação da nova exigência, etc., pedindo ao Contratado para fornecer uma estimativa do impacto do custo / cronograma e mudanças não-reconhecidas que vêm na forma de comentários sobre entregas, requisitos transmitidos "abertamente" por meio de cartas, registos em atas de reuniões ou comunicação informal (oral, e-mails etc.)

Mudanças reconhecidas são uma questão menor pois elas vão levar a uma compensação (tempo e dinheiro) a partir do cliente através de uma Ordem de Alteração do Contrato.

Mudanças não-reconhecidos são as mais numerosas. Eles são as mais prejudiciais para o Contratado pois são muitas vezes despercebidas e incorporadas por este no seu custo.

Fontes do setor estimam que as empresas Contratadas perdem entre 5 e 15% do valor do contrato devido a isso.
 

Como enfrentar estas Mudanças?

Primeiro que tudo, logo que detetar a mudança o Contratado deve solicitar ao cliente a receção de um pedido oficial.
A maneira prática de fazer isso é dar a seguinte resposta padrão a qualquer pedido, por exemplo, incluído como um comentário sobre um resultado do trabalho contratado:
"Este comentário constitui um requisito adicional ao contrato. (Explique por que, referindo-se aos documentos de contrato aplicável). Este pedido não será considerado, a menos Companhia emita um pedido oficial nos termos do artigo X do Contrato "Pedido de Mudança iniciado pela Companhia ".
Isto irá eliminar a maioria de tais pedidos, já que o cliente vai querer evitar os custos adicionais resultantes.
Irá ainda iniciar, para os restantes, o processo conducente à compensação do contratado.
 

Posição no caso de alterações não-reconhecidas

Caso receba o pedido oficial do cliente, ele pode ou não reconhecer que a solicitação feita é uma alteração ao contrato.

Se a alteração for reconhecida, o Contratado irá preparar a estimativa do impacto no custo / programação. Ocorrerão discussões com o cliente sobre tais estimativas. O desafio para o contratado será concordar prontamente com tal estimativa com o Cliente, e esta ser registada num pedido de alteração aprovado. O contratado poderá, ainda, tentar evitar o atraso da espera e prosseguir com a mudança sem um pedido de alteração aprovado.

Quando se sabe que em grandes projetos se leva, em média, um ano entre a data da receção da solicitação de alteração reconhecida pela Empresa e a do Pedido de Alteração aprovado, compreende-se que o contratado esteja exposto por um longo tempo a esta pressão.

No caso de o pedido não ser reconhecido como uma mudança ao contrato, o contratado deve notificar que ela constitui tal mudança. Se o Contratado não o fizer dentro de um determinado período de tempo, perderá o seu direito de ser compensado por um custo / tempo extra.

O Contratado poderá apresentar diretamente a estimativa de impacto do custo / tempo ou declarar que não irá considerar tal pedido, a menos que o Cliente o reconheça formalmente como uma mudança. Isso vai depender da vontade do contratado para implementar a alteração, o seu impacto e tempo / esforço necessário para avaliar.

Uma vez que a notificação / estimativa acima seja emitido, a resposta da Companhia deverá ser cuidadosamente acompanhada.

Tal resposta pode ser uma negação de que o pedido constitui uma mudança. Nesse caso, a Contratada não executará o pedido informal.

Há uma exceção a esta opção, quando a resposta do cliente contém uma instrução formal para o Contratado implementar a mudança. Os Contratos de fato, geralmente dão ao cliente esse direito para forçar o contratado a proceder a alterações e este tem o dever de cumprir.

O contratado deverá, em seguida, registar os custos incorridos para os reclamar ao Cliente.

Caso a resposta não contenha instruções para prosseguir, no entanto, ou no caso em que não haja resposta recebida do cliente, o contratado não deve implementar o pedido.

É essencial o acompanhamento adequado pelo Contratado da resposta do cliente e da comunicação a todas as partes interessadas acerca da possibilidade de aplicar a implementação da mudança ou não.
 

Conclusão

É fundamental que o Contratado implemente um sistema apertado para detetar os pedidos e solicitações do cliente designadamente os que constituem alterações ao contrato. Os contratados devem, de fato, apenas implementar as solicitações que são reconhecidas como mudanças perlo Cliente ou as que são forçados a implementar por instrução formal.

A inexistência de um sistema apertado, o que é bastante comum, resulta em perdas significativas para os contratantes.

segunda-feira, março 31, 2014

Gestão de Projetos –Um reforço da visão

Se você quisesse viajar para um lugar que nunca tinha visitado, não seria bom entrar no carro sem ter algumas indicações ou sem um mapa? Provavelmente não! Mais do que provável também, que gaste algum tempo para planear a viagem, considerar rotas alternativas e estimar a hora de chegada. Planear a viagem antes mesmo de sair irá ajudar a ter sucesso na viagem. E, ao longo do caminho, se você encontrar estradas cortadas ou atrasos no trânsito, já identificara caminhos alternativos para chegar ao destino.

A gestão de projetos segue a mesma metodologia e finalidade – para atingir os objetivos de cada projeto, precisa planear com antecedência. Boa gestão de projetos não é só uma opção nos dias de hoje. É uma ferramenta fundamental para ajudar a empresa a permanecer no alvo e atingir os objetivos que se propõe o que faz que a gestão de projetos seja transversal à economia e a todas as empresas.

Em suma, gestão de projetos é o processo de alcançar objetivos definidos, dentro dos limites de tempo, orçamento e restrições de pessoal. Ele permite que obter o máximo retorno dos recursos disponíveis. Os recursos incluem

  • ·Pessoas
  • ·Materiais
  • ·Dinheiro
  • ·Equipamentos
  • ·Informações
  • Instalações

O processo de gestão de projetos é guiado por três princípios fundamentais:

  • Planeamento
  • Controle
  • Gestão

 

Planeamento de um projeto

O primeiro passo na gestão de projetos é o de definir o seu projeto.

  1. Qual é o âmbito total do trabalho? Que atividades compõem o projeto e qual é a sua relação com o âmbito? Vai querer identificar os principais marcos que ajudarão a monitorar o progresso do projeto.
  2. Qual é a duração do projeto? Quais são as datas em que o projeto começa e termina?
  3. Quais são os recursos disponíveis para o projeto? Além do trabalho, pensar em todos os tipos de recursos que vai exigir.
  4. Quem vai executar e que atividades? Determinar os recursos de trabalho e as horas de trabalho disponíveis é uma parte fundamental da construção de um plano bem-sucedido. Precisa planear o tempo de inatividade e os feriados e determinar a semana regular de trabalho para os vários tipos de pessoal.
  5. Qual será o custo do projeto? Quais são os custos por recurso? Existem custos ocultos do projeto?
  6. Qual é o orçamento estimado? Estabelecer uma estimativa de orçamento do projeto com antecedência ajuda a monitorizar possíveis desvios de orçamento.

As respostas a estas perguntas formam a estrutura do seu projeto.

 

Controlar um projeto

Depois de ter construído o plano e estimar as necessidades de orçamento, guarda este plano original como uma linha de base, ou cronograma alvo, para ajudar a controlar o projeto. Uma linha de base fornece um sólido ponto de referência de como se agenda as mudanças ao longo do tempo. Permite que compare o cronograma original com o atual e identifique as mudanças significativas e desenvolver dessa forma planos de contingência.

Controla-se um projeto para mantê-lo na direção certa. Vamos querer acompanhar o progresso do trabalho e custos, compará-los com a sua linha de base, e então recomendar que ações devem ser tomadas.

O controlo efetivo do projeto recolhe muitos benefícios. Permite que se mantenha um olhar atento sobre os problemas possíveis antes que eles se tornem críticos. Permite que a equipa de projeto e a gestão de topo vejam as escalas de custo e de tempo com base na realidade do plano.

 

Gerir um projeto

O processo de conduzir um projeto do início ao fim é da responsabilidade de um gestor de projeto. Um bom gestor de projeto usa muitos chapéus, atuando em vários momentos como um motivador, comunicador, coordenador e orientador. Como controlar o andamento do projeto é o maior trabalho a realizar, para manter sua equipe ciente das mudanças no plano e possíveis consequências. De muitas maneiras, o gestor de projeto é embaixador do projeto, garantindo que a organização que dirige o plano permite a realização das suas responsabilidades para o melhor resultado possível.

Para ser um gestor de projeto eficaz também se exige coerência quando atualizar seus projetos. Escolha um dia certo em cada semana, ou a cada duas semanas para atualizar regularmente projetos. Esta atualização regular irá incluir progresso em valores como a

  • Datas em que as atividades são iniciados ou terminadas
  • Datas em que os recursos são consumidos
  • Alterações para as taxas de recursos

A empresa deve determinar uma política padrão que o gestor realiza para a atualização e um procedimento de agendamento e para relatar o progresso.

quarta-feira, maio 08, 2013

Técnicas de Identificação de Actividades

A Work Breakdown Structure (WBS) é uma ferramenta de categorização do trabalho usada para planear, gerir, executar e reportar um projecto. Desta forma, a WBS deverá ser uma referência principal durante o processo de planeamento e especialmente para a identificação das actividades. Cada actividade deve ter unicamente uma designação de WBS.

Em projectos de curta duração ou complexos, é uma boa prática identificar e incluir no processo de planeamento e workshops conforme o caso, o membro da equipe de projecto específico que será responsável pela execução de cada actividade e será responsável pela sua realização. Esta abordagem de atribuições pode ser difícil para projectos de longa duração. Por conseguinte, é também uma prática recomendada definir completamente e documentar a base da actividade para garantir que a pessoa responsável pelo seu futuro desempenho compreende o âmbito da actividade.

Uma actividade é composta dos seguintes atributos essenciais que são derivados da WBS e fontes de apoio listados acima.

  • Um identificador único Alfanumérico. Deve ser capaz de fornecer uma identificação "inteligente" da actividade em que os identificadores únicos de actividade são organizadas de forma sistemática para se relacionarem com vários agrupamentos de actividades do cronograma. Essa inteligência permite uma melhor classificação e facilidade de comunicação.
  • Um período de duração inicial de trabalho. Este deve reflectir o âmbito de aplicação descrito no título da actividade.
  • A atribuição de um calendário. Deve ser tomada decisão se uma actividade deve ser agendada em um determinado calendário de trabalho. A necessidade de vários calendários para o projecto deve ser revista, pois o uso de vários calendários pode afectar o cálculo do float de cada actividade (por exemplo, caminho de float descontínuo) e a equipe deve estar de acordo sobre a escolha do calendário.
  • Um título descritivo do âmbito do trabalho previsto. Deve ser clara e sucinta, sem ser vaga e / ou ambígua.

A sequência preliminar de ligações lógicas liga a actividade a um antecessor e sucessor de acordo com o plano de execução do projecto. É importante que a lógica inicial reflectir uma sequência prudente e prática para o desempenho do trabalho. A partir de tal sequência inicial será facilitada a determinação posterior das sequências alternadas que podem encurtar o tempo de conclusão e o custo.

A descrição da actividade e a duração inicial da actividade deve comunicar de forma inequívoca o âmbito do trabalho. Isto reduz a confusão entre as partes interessadas e facilita as revisões da lógica, a medição de progresso da actividade para pagamento, previsões e outras tarefas. Incluindo uma entrega ou quantificador na descrição da actividade, tal como a dimensão, a quantidade ou a demarcação física é geralmente uma boa maneira de se comunicar o âmbito dessa actividade (as percentagens não são um bom quantificador). A intenção de um quantificador não é duplicar as quantidades orçamentadas que estão em outros lugares da ferramenta de controlo, mas para tornar o âmbito de actividade tão auto-evidente quanto possível.

As descrições das actividades devem ser consistentes com o nível de esforço e a duração necessários para a conclusão dessa actividade.

Deve ser tomada uma decisão precoce pela equipe durante o processo de planeamento para determinar o nível de detalhe e o número geral de actividades apropriados para a gestão do projecto. Projectos de curta duração e de baixa complexidade, geralmente, não necessitam do mesmo nível de identificação detalhada de actividade do que projectos complexos e de longa duração. Algumas considerações na determinação de níveis adequados de detalhes incluem:

· Duração do projecto - projectos de curta duração requerem normalmente menos nível de detalhe do que um projecto de duração mais longa. Como orientação geral, as durações das actividades devem ser aproximadamente do mesmo comprimento que a frequência prevista do projecto para os relatórios de status de progresso.

· Complexidade do projecto - Projectos complexos podem ter curta duração, tais como falhas de manutenção e medidos em horas, mas ainda podem exigir um maior nível de detalhe na identificação actividade.

· Metodologia de Execução - Projectos com um alto nível de sub-contratação exigem geralmente menos detalhes do que projectos auto-realizados.

· Fase de Projecto - O nível de detalhe na identificação da actividade deve corresponder ao tipo de trabalho que está sendo realizado, e as informações disponíveis, para essa fase. Por exemplo, durante a fase conceptual a inicaçã pode ser planeada com actividades de nível sumário, enquanto a engenharia de projecto pode ser planeada em maior detalhe.

· Custo do Projecto - Geralmente, quanto maior o custo do projecto maior nível de detalhe na identificação da actividade.

· Custo e capacidade de rever adequadamente o Cronograma - O dono de um projecto não deve exigir a apresentação de um cronograma que é mais detalhado e complexo daquilo que o dono é capaz de analisar correctamente. Como submissão necessária, a programação torna-se uma notificação formal do plano do contratante e o proprietário é responsável por uma razoável compreensão dos conteúdos.

· Custo de manutenção do cronograma - Um maior nível de detalhe na identificação de actividades normalmente resulta num aumento do custo de manutenção e acompanhamento da programação. Este é um dilema importante que a equipe do projecto deve considerar em seu planeamento.

· As expectativas do cliente - O proprietário / cliente pode ter exigências específicas do cronograma que podem determinar o nível de pormenor exigido na identificação da actividade.

· Risco do Projecto – Normalmente os projectos de alto risco são planeados em detalhe para ajudar na mitigação de risco.

· Mensurável - Ao identificar as actividades a equipe deve assegurar que todas as actividades podem ser facilmente medidas e controladas de forma única.

"Rolling Wave" é um planeamento de programação e método de desenvolvimento em que as actividades de curto prazo são planeadas com mais detalhes do que as actividades posteriores e a prazo. É particularmente útil para os programas de longa duração financiados por ano fiscal e não é geralmente recomendado para projectos. Como o trabalho ou programa curto prazo é executado, a equipe vai identificar as actividades detalhadas subsequentes que são necessários e substituir as actividades sumárias em "espaços reservados" correspondentes. O planeamento em "Rolling Wave" é uma técnica de planeamento de actividades reservada a programadores experientes que trabalham em empreendimentos complexos e de longo prazo. O programador inexperiente deve procurar a orientação da equipe de gestão de projectos antes de utilizar esta técnica.

Milestones são eventos únicos sem duração que marcam pontos importantes na execução do projecto. Como parte do processo de planeamento, estas metas devem ser identificados pela equipe do projecto, e incluídas na lista de actividades.

As Actividades sumárias são um grupo especial de actividades que adquirem a duração do período de tempo entre o antecessor e sucessor de actividade de resumo. Eles só devem ser usados ​​para resumir uma série encadeada de actividades que ocorrem entre o período do primeiro antecessor e sucessor das últimas actividades. As Actividades Sumárias são úteis para apresentar um maior nível de gráficos e relatórios tabulares de dados discretos.

Durante o processo de planeamento de actividades é fundamental que todos os pressupostos de desempenho de trabalho estejam claramente documentados. Além disso, as interpretações de âmbito do projecto escopo, as suas inclusões e exclusões e outras informações de base devem ser documentadas. Esta documentação vai ajudar a reduzir o risco de erro ou má aplicação no desenvolvimento do cronograma subsequente. Eventualmente, estes pressupostos vão se tornar uma parte do documento escrito base da programação.

Na conclusão das sessões de planeamento do cronograma, a lista de actividades deve ser revista para ser completa. Essa revisão deve incluir:

  • A lista de atividades do cronograma inclui o âmbito total do projecto?
  • Estão incluídos todas as esperas para as aquisições grandes e de longo prazo?
  • O nível de detalhe é o adequado para a fase de projecto, sua complexidade e risco?
  • Podem ser sumarizadas todas as actividades de acordo com a WBS?
  • Será que cada actividade tem uma única pessoa responsável e confiável?
  • Foram consultados especialistas para necessidades específicas?
  • Foram consideradas a história de projectos passados e as lições aprendidas?
  • Pode medida e identificada com exclusividade cada actividade?
  • Foram incluídos todos os marcos importantes do projecto?
  • Foram documentados todos os pressupostos da actividade?
  • Foram considerados os constrangimentos factores externos?

Retirado de

AACE International Recommended Practice No. 23R-02
IDENTIFICATION OF ACTIVITIES

segunda-feira, junho 04, 2012

Melhorar o controlo da Performance dos projectos

Porque é que falhamos nas tentativas para melhorar o controlo da performance dos projectos?

Há uma série de razões esta falha. Destacam-se as seguintes que podem ocorrer em combinação:

  1. Tentar resolver os problemas com as iniciativas grandes e / ou estratégicas sem verificarem que deixam de fora projectos que de repente se tornam de prioridade 1. Ignoram ainda pequenos projectos que consomem demasiados recursos.
  2. Focar-se em melhorar o trabalho dos gestores de projecto, com frequência de acções de formação ou workshops, mas estes não obtém, na realidade, competências referentes com o mundo real.
  3. Partir do princípio que os seus executivos sabem a sua função nos projectos e que oferecem uma visão clara do valor de negócio dos projectos e orientam os mesmos estrategicamente.
  4. Assumir que os executivos sabem priorizar os projectos e alocar os recursos em conformidade. Mas devemos perguntar-nos porque é que nas fileiras de quem faz o trabalho há tantas dúvidas acerca das prioridades dos projectos.
  5. Queixar-se das surpresas que enfrentam já tarde no decurso dos projectos quando muitas vezes já não há forma de as solucionar.

Há, no entanto, alguns elementos chave que melhoram o sucesso dos projectos na organização.

Uma metodologia consistente

Deve ser implementada uma metodologia de gestão de projecto que seja usada com efectividade por toda a organização. A metodologia não deve criar documentos desnecessários e antes deve ser simples e escalável com um mínimo de relatórios e de reuniões.

Tem de cobri toda a duração do processo de gestão de projecto, desde o início até ao arquivo da informação do projecto.

A metodologia deve fazer os planos de projecto muito mais quantitativos e muito menos subjectivos, o que se baseia no estabelecimento de definições de sucesso medido (métricas) para todas as actividades do projecto.

 

Temos de gerir todos os projectos

A organização deve gerir todos os projectos e não só os grandes. E têm de ser geridos com a mesma metodologia e usando as métricas acordadas. Se não for assim os recursos podem estar a ser gastos em actividades desnecessárias ou com prioridades descoordenadas.

 

Controlo firme durante a Iniciação

O que começa bem tem mais oportunidades de sucesso. Apesar de ser uma verdade quase absoluta, o que encontramos nas fases de iniciação dos projectos são muitas vezes demonstrações de caos organizacional. A fase de iniciação exige a definição clara das responsabilidades, uma identificação do valor do projecto, a definição de um rumo preciso e a preparação cuidada dos resultados a obter com o projecto.

Definição de prioridades para os recursos

A prioridade atribuída ao projecto irá influenciar a alocação e, por vezes, a qualidade dos recursos. O que devemos reter é que a alocação real dos recursos determinará a entrega dos resultados do projecto e o seu sucesso.

Todo o cuidado que possa ser atribuído aqui para alocação realista e equilibrada dos recursos do projecto terá influência na performance deste e dos outros projectos da companhia. Esta é uma actividade que envolve muita ‘política’ na organização e a negociação das prioridades.

Relatórios de progresso

Os relatórios de progresso são uma ferramenta para evitar e solucionar questões, evitando descobrir os problemas demasiado tarde. A definição e utilização de métricas com significado nestes relatórios é essencial para os tornar importantes para todos os intervenientes na sua apresentação (das equipas ao gestor do projecto). A métrica de estimado para conclusão em comparação com o planeado vai de terminar um valor que envolve todos e que permite entender onde estão as questões e riscos do projecto.

 

Em conclusão

Estas indicações permitirão melhorar a gestão de projecto e conduzir à criação de um ambiente controlado e medido para as equipas, os gestores de projecto e os executivos que permitirá o controlo de todo o processo.

A utilização das adequadas ferramentas empresariais de gestão de portfólio e de projecto apoiará decisivamente os avanços na maturidade da gestão e na realização com sucesso dos projectos.

segunda-feira, maio 14, 2012

Melhor Gestão de Projecto na recuperação económica

Não há nada de bonito nesta recessão económica. A economia está a mudar, muitas companhias estabelecidas no mercado estão a desaparecer ou sofrem processos de compra e de fusão, as indústrias estão a operar em modo de sobrevivência preocupadas por evitar riscos que as possam colocar em vulnerabilidade. Para sobreviver, as grandes empresas têm de se manter na vanguarda da inovação e das tendências de mercado.

Mas nem tudo tem sido negativo!

Aparentemente com a queda de empresas lentas e ineficientes afectadas pela recessão, foram criadas oportunidades para outros negócios florescerem. Para as companhias que conseguiram ultrapassar estas grandes dificuldades e estão a navegar no actual horizonte de negócios, jogar pelo seguro não é a forma de ter sucesso, mas também não o é avançar sem cuidados.

Um factor chave que faz a diferença nas empresas é a execução inteligente dos projectos. Actuar sobre os projectos que são mais lucrativos e agindo com margens de erro muito pequenas, permitirá que os negócios sejam capazes de maximizar o valor das suas actividades e assegurar que irão operar com lucro nos anos seguintes.
 

Manter o projecto dentro do prazo

Quando se trata do sucesso dos projectos este é o aspecto mais importante. É essencial aplicar métricas às realizações, mas quando queremos recolher a informação adequada para esse efeito podemos levar imenso tempo. Se estabelecermos inícios e fins claros para as actividades poderemos aplicar métricas valiosas de tempo que façam sentido para os stakeholders do projecto e, sobretudo, para o cliente, que verá o resultado comparado com a métrica de baseline.

O estabelecimento de uma baseline é obrigatório na realização de um projecto com métodos sérios e métricas com valor.
 

Do custo do projecto

A maioria das empresas não conhece o verdadeiro custo por projecto e isso pode conduzir a um mundo de trabalhos. Se sabe quais são os projectos que estão ser lucrativos poderá alocar os recursos a projectos com um perfil similar e estar mais confiante na sua performance e no sucesso. Mantenha curtos os elos de comunicação nestes projectos e monitorize constantemente a medida em que eles estão alinhados com o custo e o orçamento.

Estes dados ajudarão a determinar quais os clientes que permitem manter as margens e aqueles que pela sua actuação impedem ou dificultam o progresso e reduzem ou destroem as margens.
 

Utilize eficientemente as ferramentas

Qualquer ferramenta é tão efectiva como a pessoa que a está a usar. Mesmo o melhor software irá falhar se não tivermos um plano para o utilizar. Isto não significa que o software possa ser optimizado. Quando temos de gerir projectos múltiplos e os dados complexos que estão associados com a sua realização, uma ferramenta que agregue e prepare os dados automaticamente pode poupar muito tempo e confusão enquanto fornece uma visão clara e transparente sobre o estado dos projectos.
 

Desenvolva sem receio os projectos

Executar consistentemente os projectos e realizar valor é muito importante. Para isso tem de assumir projectos inovadores que requerem algum risco. O segredo está em saber quando e como assumir esses riscos. Pode ajudar muito poder avaliar os recursos disponíveis e determinar, a partir dos dados da experiência, quais os tipos de projectos mais lucrativos. Armados com essa informação, mesmo quando um projecto atrasa, não deve ser muito difícil recuperar. Mas mais do que isto, por tentarmos novos projectos continuamos a melhorar e a refinar as métricas de sucesso.

Agora chegámos ao tempo de começar a quebrar a estagnação associada à recessão. Os novos projectos levam a novos clientes, o que conduz à melhoria das margens e dos lucros e a vantagens competitivas. Estará aí um mundo de oportunidades se alterarmos as nossas perspectivas, nos equiparmos com metodologias e ferramentas. Mas muitas companhias persistem escondidas nos seus abrigos de crise.

Temos de tomar a iniciativa para nos colocarmos na cabeça da corrida.

LQ

quinta-feira, janeiro 26, 2012

A Consultoria de Gestão e o Fracasso dos PMO

Os PMO que foram implementados em grandes companhias fracassam porque perdem, na sua maioria, o seu tempo em intermináveis batalhas com outros departamentos ou em crises de identidade que impedem a afirmação da sua missão.

O problema é que o culpado habitual por esta ineficácia e falhanço do PMO, ou seja, a falta de compromisso da gestão, não é de facto a causa primária. Na realidade, o denominador comum do fracasso dos PMO pode ser atribuído antes ao papel desempenhado pelos consultores de gestão que estabeleceram o PMO. Estes consultores desempenharam um papel instrumental nas três áreas abaixo durante a criação do PMO, criando defeitos estruturais de grande dimensão, que embora com todas as tentativas de resolução se mantêm como uma nódoa que não se apaga.
 

Semear as sementes da confusão nos executivos

Mantém-se uma confusão perpétua mas cabeças dos executivos acerca das funções, responsabilidades e competências dos PMconsulting_mainO. Isto nasce porque os consultores contratados para o estabelecer focam-se, de forma exclusiva, em estabelecer um PMO que exiba características de uma função de reporting e pouco mais. Neste arranjo, os status de diferentes projectos e programas são agregados, racionalizados e então apresentados à equipa de gestão para a tomada de decisões.

O que acontece é que muitos dos executivos são incapazes de vestir a roupa do sponsor do projecto (antes desempenhado pelo CEO) e tomarem as decisões importantes para os projectos que estão debaixo do seu âmbito de decisão. Ainda mais, muito poucos executivos possuem ideias sólidas acerca de como um PMO centralizado deve funcionar. Assim, é lógico encontrar a falta de compromisso executivo quando o PMO entra em modo de cruzeiro.
 

Nunca foi uma questão de metodologia de projecto

Na fase de lançamento, a companhia de consultoria que estabelece o PMO presta muito pouca atenção à metodologia de programa / projecto ou à standardização dos documentos de projecto e dos modelos bem, ainda, à formação das pessoas do PMO na realização das suas funções para além do reporting. O próprio reporting sofre da ausência de uma abordagem estruturada e muitas vezes existe uma exagerada dependência das «apresentações de Powerpoint».

Depois após a implementação, o PMO armado unicamente com slides coloridos está muito mal equipado para apoiar ou realizar projectos e programas. Segue-se um crescente fracasso dos projectos e todas as tentativas para rectificar esta situação fracassam irremediavelmente.

Tudo isto porque as soluções utilizadas para enfrentar a fraqueza estrutural derivam da experiência de lançamento do PMO. Como exemplo, muitos executivos assumem que, só porque o PMO realizou resultados durante a fase de lançamento, irá depois, com uma abordagem similar e sem trabalho adicional, fornecer os mesmos resultados positivos.
 

Demasiada confiança em funções e responsabilidades centralizadas

Outra descoberta desconcertante é que as funções e responsabilidades, estruturas de processos e governação executadas pelo PMO estão baseadas na sua vida no lançamento. Encontramos muitas vezes funções de 'Launch PMO', 'Launch Manager', 'Launch Director', 'Launch Gate', 'Launch Project Life Cycle', 'Launch Check Lists', etc. como parte do léxico. Em muitas vezes, só o prefixo ‘Launch’ é removido das descrições de funções e processos, mas a essência está inalterável. Subsequentemente, o PMO e a sua equipa são incapazes de se adaptarem ao ritmo da vida da companhia e descobrem-se na periferia da realização dos projectos.

Para remediar a situação, são aplicadas duas soluções típicas. Em primeiro lugar, são recrutados «gestores de projecto certificados» e espera-se que estes realizem os projectos dentro do plano. Contudo, na ausência de uma metodologia sólida de gestão de projecto, vemos que muitos ficam parados num limbo.

Em segundo lugar, são recrutados para a remediação consultores muito dispendiosos com experiência extensiva em trabalho com PMOs. Em alguns casos, os consultores são na realidade contratados da mesma companhia de consultoria que estabeleceu o lançamento do PMO e falham miseravelmente quando lhes é atribuída a responsabilidade de resolver os problemas e sanar o PMO. Tudo isto exacerba o problema e marginaliza o papel do PMO na vida da companhia.

Para ser justo com os gestores de gestão, estes são normalmente contratados em virtude da sua competência no domínio e não pelas suas competências em PMO. Este é um valor adicional que é introduzido como uma parte dos serviços de consultoria sem custo adicional. Esta prática está generalizada de tal forma que os executivos ficam a pensar porque é que há tanto fracasso de projectos apesar do lançamento com sucesso de novas linhas de negócio.

Para evitarem cometer o mesmo erro segunda vez, os executivos devem por bem escrutinar as capacidades de PMO dos seus consultores, para além do conhecimento do domínio. Em alternativa, podem contratar um especialista de PMO para a companhia, que trabalhe em colaboração com os consultores na fase de lançamento e assegure que é entregue um PMO adequado, equipado com a metodologia certa e os recursos estabelecidos.

Os executivos devem procurar optar por companhias que forneçam a capacidade de PMO, mas também transfiram as competências para os futuros responsáveis pelos mesmos na companhia.

sábado, novembro 26, 2011

PMO e Métricas para o Sucesso

O Project Management Office (PMO) é a estrutura orgânica / função com a capacidade de instituir numa organização uma ampla e variado conjunto de mudanças positivas. De facto, e ainda bem, em muitas organizações no mundo compreendem a co-dependência entre o executivo e o PMO e agem para estabelecer os PMOs e justificam-nos por essa mesma razão.

Infelizmente, é muitas vezes uma das partes mais incorrectamente gerida e sub-utilizada em algumas partes importantes. A Gartner, importante firma de consultoria, apresentou as conclusões de um estudo em que indica que quase metade dos PMO acaba em fracasso. A questão, então, é porque é que um número tão elevado de companhias sente que os seus PMO não realizam valor?space

Há algumas respostas que devem ser exploradas, mas devido à natureza muito individual de cada PMO, é difícil ter uma lista definitiva de pontos de falha. Contudo, uma questão que atravessa quase todos os PMO tem a ver com as métricas. Demasiados PMOs não medem o seu sucesso com os adequados Indicadores Chave de Performance (KPI, como ouvimos falar com o uso do acrónimo do inglês). Devido a este fracasso, os executivos de alto nível podem com facilidade questionar o valor do PMO, particularmente o Administrador Financeiro (CFO) dirigido sempre por resultados.

O PMO, com o seu empenho em medir o processo e os protocolos, pode falhar no foco que deve ter nos KPI relevantes para o progresso global do negócio. Por efeito deste fracasso em documentar devidamente o seu sucesso, muitos PMO que antes foram produtivos estão a ser encerrados.

A lista seguinte de KPI potencialmente importantes pelos quais um PMO pode medir a sua produtividade no contexto do sucesso global da companhia. Esta lista baseia-se num estudo conduzido pelo Center for Business Practices e documentada no livro "Justifying the Value of Project Management". Julgo que estes KPI específicos são relevantes para as administrações e já provaram que melhoram as práticas de gestão de projecto.

Mas é importante, em primeiro lugar, relembrar duas coisas. Primeiro, o papel do PMO é (e será sempre) muito específico para as necessidades da Companhia em questão. Não se deve procurar aplicar estes KPI directamente. Ao contrário, eles devem adaptados para reflectirem o papel desempenhado pelo PMO. Segundo, demasiados KPI podem conduzir para uma percepção escondida da realização real do sucesso ou do fracasso.

Como se tivéssemos muitos indicadores no painel de instrumentos de um carro o que leva a que a medida seja arriscada e confusa. É sempre melhor pegar num par de KPI que se adaptam bem à companhia e focar a atenção naqueles em vez de medir uma quantidade elevada de indicadores que irão trazer resultados contraditórios.

terça-feira, novembro 22, 2011

Para que serve a Timesheet?

As Razões pelas quais os Gestores de Projecto devem Acompanhar a Duração

Nos escritórios por todo o mundo, as sextas-feiras à tarde são tempo de status e timesheets. Toda a gente desde as equipas técnicas aos gestores de projecto tem queixas acerca do sobre trabalho administrativo que implica o preenchimento das timesheets. Alguém em algum lado durante a corrente semana realizou trabalho que agora não aparece na timesheet e tem de se perguntar onde atribuir essas horas perdidas. E pode ter a certeza que alguns acreditam que todo este exercício de timesheet é exigido só por que a «gestão» não acredita que os trabalhadores consigam concluir o trabalho.

Apesar de tudo o que tem a ver com os registos de tempo, logo que as pessoas compreendem a melhor forma de o fazer de maneira a levar o menor tempo possível por semana, consegue-se geralmente obter um bom nível de adopção pelos empregados. Mas por que é isto útil? Por, pelo menos cinco razões.

Melhora a tomada de decisões

Tempo é dinheiro. Se sabe onde é que os seus empregados estão a gastar a maioria do tempo, tomará mais facilmente decisões acerca de como fazer poupanças ou em como realizar mais rápido. Por exemplo, se o tempo de viagem é consistentemente alto num projecto, pode ser apropriado analisar outras opções que estejam disponíveis em vez de ter pessoas valiosas e altamente pagas em viagem em vez de se focarem nos requisitos do seu trabalho.

Ajuda na atribuição de recursos

As ferramentas de gestão empresarial de projecto tornam fácil registar em que é que as pessoas estão a trabalhar e quais os projectos que estão no portfólio. Se pusermos os dois em conjunto verificamos que uma ferramenta empresarial pode mostrar quais os recursos que são necessários para os projectos em imediatos. Conhecer quais os requisitos do trabalho dos próximos projectos significa que se pode identificar quem estará livre para os concretizar.

Podemos até simular os recursos para definir o que poderá acontecer se se tirar alguém tirar alguém mais cedo de um projecto para realizar algum trabalho nestes projectos. A capacidade de simular com os recursos mostra as várias diferentes opções e permite seleccionar as mais apropriadas para cada situação.

Favorece a comunicação

As pessoas resmungam contra as timesheets, mas os dados que elas oferecem oferece um bom ponto de discussão. Saberá em que é que as pessoas estão a trabalhar e se elas estão a fazê-lo da forma correcta para usarem o seu tempo. Debaixo deste foco é mais difícil esconder os projectos. Não será preciso encontrar uma desculpa para falar à equipa de projecto, mas as timesheets dão sempre uma boa. Reveja com eles o tempo gasto no projecto e peça sugestões acerca de áreas que podem ser melhoradas.

As previsões são mais acertadas

É muito difícil justificar que esteja quase a terminar numa actividade em que mesmo agora se mudou a previsão para permitir atribuir-lhe mais 20 horas. É fácil ao gestor de projecto ver quanto trabalho exactamente ainda tem de ser feito. Esta informação é de enorme valor para o plano do projecto e para a previsão do que vai acontecer durante o resto do projecto.

As estimativas têm mais significado

Para além de permitirem olhar para a frente com propósitos de previsão, as timesheet também permitem olhar para trás. Quanto tempo levámos a fazer os testes da outra vez? Será possível ter informação até à hora mais aproximada. Esta é informação realmente útil para quem tem de planear. As estimativas do trabalho futuro podem ser informadas e melhoradas com exemplos reais de como estas actividades forma realizadas no passado.

O registo de tempo pode ser um assunto desagradável para falar com a equipa, mas as ferramentas tornam fácil integrar este nos métodos de gestão de projecto. Quando possuir um registo robusto do tempo a funcionar e perceber a informação que consegue obter, vai querer para sempre com timesheets.

segunda-feira, junho 06, 2011

A agenda da reunião do PMO

Muitas empresas realizaram investimentos para implementarem processos e ferramentas de PMO e lutaram e lutam constantemente para alcançarem alguns dos benefícios que este lhes deveria trazer. A criação de práticas regulares de revisão e colaboração são um dos meios para consistentemente chegarmos a resultados. É essencial que os participantes no processo estabeleçam regularidade na aplicação de métodos e práticas de trabalho. A reunião semanal do PMO é uma dessas ferramentas.

Os quatro tópicos principais para a agenda deveriam ser:

  • Revisão de novas boas práticas
  • Revisão de novos projectos
  • Avaliação de Alto Risco
  • Revisão dos Agendamentos em Implementação

 
portfolio_meetingA revisão das novas Boas Práticas

A revisão das novas Boas Práticas consistirá na análise das boas práticas já implementadas nas semanas anteriores. Estas serão baseadas nas Lições aprendidas de projectos que se aproximam da fase final. Pode consistir em qualquer coisa desde um novo processo de aprovação a um workflow de trabalho até a uma forma diferente de trabalho com os clientes. Realizar-se-á uma discussão mínima visto os detalhes já terem sido abordados antes da realização da reunião, e é realizada uma apresentação do tipo «esta é a forma como agora iremos operar».

 
A Revisão de Novos Projectos

Permite que aqueles que pretendam iniciar um novo projecto o apresentem em sumário ao PMO (no máximo com uma descrição de 1 página), incluindo os objectivos de negócio e os benefícios que o novo projecto trarão à organização. Abre-se de seguida um período para questões e respostas. O projecto seguirá para os passos seguintes de aprovação executiva ou colocado para mais pesquisa e aprofundamento com o negócio. O que incluirá a sua referência nas próximas reuniões do PMO.

 
A parte de Avaliação de Alto Risco

Compreende a análise de um relatório das milestones de alto nível dos projectos que mostram com «semáforos» a Vermelho, Amarelo e Verde os status de todos os projectos dentro da organização, filtrados por unidade de negócio. Não se irá perder tempo com o que está a correr conforme o plano, antes, com base numa gestão por excepção, o foco será só nos projectos que estão com dificuldades. Serão tomadas decisões para estes projectos, os obstáculos levantados e os riscos mitigados.

 
A parte final da reunião

O period final da reunião será a Revisão dos Agendamentos em Implementação, para rever as actividades de implementação final que deverão ter cuidados especiais e utilizar períodos específicos do dia. Estas actividades dada o alto pendor crítico recebem o acompanhamento num plano específico e especial atenção será dada a actividades previstas para a próxima semana.

Para que uma reunião de PMO tenha sucesso importa garantir a presença das pessoas certas, que possam (tenham a autoridade para) tomar as decisões no momento. Se durante a reunião alguém pensar «temos de ver isto com..», então não temos as pessoas certas na sala.

Desta forma, com uma hora por semana, conseguimos crescer no nosso nível de profissionalismo, rever e aprovar novos projectos, mitigar o risco e trazer toda a gente para o nível de conhecimento sobre os projectos.

LQ

segunda-feira, abril 11, 2011

Porque falham os processos numa crise

A tecnologia é um componente crítico de todos os negócios. Durante uma crise, se a organização de TI é incapaz de responder pode por toda a companhia em risco. Entretanto, durante uma crise aquilo que muitas vezes inibe uma organização de TI de responder com efectividade é exactamente a mesma coisa que a deveria salvaguardar – a confiança em processos disciplinados.a-perfect-storm

O problema fundamental é que a introdução das disciplinas de processo na gestão operacional de TI, na última década, criou uma atmosfera em que a gestão intermédia de TI fica muitas vezes com medo de tomar decisões e falta-lhes competências de criatividade e liderança. Contudo, durante uma crise, o que é mais exigido antes de tudo mais são essas duas competências.

Embora uma organização de TI possa funcionar admiravelmente sob operação normal, muito poucas organizações conseguiram alcançar uma maturidade tal nas suas disciplinas de processo que sejam capazes de responder efectivamente a interrupções massivas de serviço e negócio. Podem ter protocolos em posição para disaster recovery, mas do ponto de vista operacional os seus processos ficam submergidos durante uma crise devido ao enorme volume e velocidade das exigências operacionais que lhes são requeridas. É neste ponto que os processos fracassam e a organização de TI cai num estado de caos não gerido. É também neste ponto que certos membros da equipa de TI se «destacam» e «fazem tudo o necessário» para resolver as coisas – fazendo ressaltar a cultura de cowboy contra a qual as organizações de TI batalharam durante anos.

Para ultrapassar estes desafios, a gestão de TI deve investir no desenvolvimento das competências quer de liderança quer de resolução criativa de problemas a todos os níveis da organização. Estes dois atributos são exigidos não só na gestão sénior mas também a todos os níveis da organização. Durante uma crise, as equipas de TI podem ficar isoladas, sem modelos claros de decisão e dispondo de pouca informação. Elas devem então ser capazes de se auto organizarem, avaliarem a situação, estabelecerem linhas de comunicação e assumirem as funções de liderança de forma dinâmica.

Luís Quintino

terça-feira, fevereiro 15, 2011

O que é o PRINCE2?

“Projects in Controlled Environments” ou, em breve, PRINCE2 está a tornar-se um dos métodos mais populares e amplamente utilizado para a gestão de projecto. Pouco utilizado no nosso país, onde é quase desconhecido, é usado no sector privado e público e tornou-se o standard de facto para gestão de projectos no reino Unido.

Continuando o sucesso obtido no Reino Unido, o interesse por este método começou a espalhar-se pelo mundo. Os países em que se tornou mais usado são a Holanda, Bélgica, Alemanha, África do Sul, Austrália e mesmo nos EUA.


A que se refere o 2 em PRINCE?

O PRINCE” nasceu em 1975, a partir da metodologia PROMPTII. Esta foi substituída pela PRICE em 1989, passando a ser o standard para todos os projectos de sistemas de informação do governo do Reino Unido. Em 1996, a metodologia foi relançada como uma metodologia genérica de gestão de projecto para todos os projectos do governo britânico.

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Porque foi introduzido o PRINCE?

Podemos dizer que o sector público de qualquer país não pode dizer com fundamento que a forma como faz a gestão dos seus projectos seja exemplar. Antes pelo contrário! O PRINCE e o PRINCE2, posteriormente, foram introduzidos para enfrentar as causas comuns de fracasso nos projectos, muito em especial no sector público.


Como actua o PRINCE2?

PRINCE” é uma estrutura de boas práticas que apoia os gestores a realizar projectos em tempo e dentro do orçamento. Divide os projectos em etapas claramente definidas com um princípio, meio e fim. Concentra-se na realização de produtos em vez de realizar actividades. Todos os projectos devem ter um business case e um plano que são periodicamente revistos para verificar se continuam viáveis.

Um projecto PRINCE” tem as seguintes características:

¶ Um ciclo de vida definido e finito

¶ Produtos de negócio definidos e mensuráveis

¶ Um conjunto correspondente de actividades para realizar produtos de negócio.

¶ Uma quantidade definida de recursos

¶ Uma estrutura de organização, com responsabilidades definidas, para gerir o projecto.


Como é estruturado um projecto PRINCE2?

No centro da metodologia está o Board do Projecto, constituído pelo cliente, representantes do utilizador e do fornecedor. O Gestor de Projecto reporta a este board, com regularidade, o progresso, os problemas e o board decide como deve o projecto proceder.


Quais são os benefícios do PRINCE2?

PRINCE2 dedica-se realizar os projectos certos, no tempo certo pelas razões certas. Fornece sistemas comuns, procedimentos e linguagem para os projectos. Oferece ainda:

¶ Melhor controlo e uso dos recursos

¶ Meios de gerir riscos e questões

¶ Pontos de decisão flexíveis

¶ Revisões regulares do progresso em relação ao plano de projecto e ao business case.

¶ Garantia de que o projecto continua a ter uma justificação de negócio

¶ Visibilidade antecipada dos problemas

¶ Boas comunicações entre a equipa de projecto e os outros stakeholders

¶ Um mecanismo para gerir desvios ao plano do projecto

¶ Um processo para capturar as lições aprendidas.

Com isto tudo PRINCE” permitirá poupar tempo e dinheiro ao mesmo tempo que se realizam com mais efectividade os projectos.

terça-feira, janeiro 18, 2011

O SCRUM essencial

O termo Desenvolvimento Iterativo e Incremental descreve uma categoria de metodologias para desenvolvimento de software em que o sistema cresce incrementalmente através de ciclos completos de desenvolvimento.

Os métodos de desenvolvimento agile de software são um grupo de metodologias iterativas específicas que combinam interacções relativamente curtas com refinação evolucionária dos requisitos, planos e metas ao longo de cada interacção subsequente. rugby

Aparentemente as metodologias agile e iterativas tem mais baixo risco que os métodos com o estilo Waterfall, em que todo o planeamento e o desenho é feito antes do desenvolvimento.

Scrum

O SCRUM é uma das mais simples metodologias agile e provou já ser altamente efectivo para quer o desenvolvimento de software quer o desenvolvimento de produtos mais genéricos. O SCRUM é muitas vezes utilizado no desenvolvimento de produtos financeiros.

Baseia-se na ideia que durante um projecto os clientes irão com a maior das certezas mudar de ideias acerca do que querem e necessitam. Para enfrentar isto, um projecto Scrum avança numa série de interacções curtas cada uma das quais realiza um conjunto incremental de melhorias ao produto.

Scrum faz a mediação entre resultados e funcionalidades operáveis. Isto permite ao cliente receber um produto operável mais cedo e permite que o projecto mude os seus requisitos de acordo com as necessidades em mudança.

A metodologia oferece um conjunto de práticas e funções pré-definidas que são adoptadas pela equipa para maximizar as capacidades da equipa para entregar com rapidez e responder aos requisitos mudados e emergentes.

A Equipa Scrum

Uma equipa Scrum é normalmente Transfuncional e consiste em cerca de 5 a 9 pessoas, mas pode ser muito maior. A equipa tem a responsabilidade de entregar o produto. O Scrum encoraja a localização de todos os membros da equipa e a comunicação verbal entre todos.

Existem algumas funções específicas no Scrum:

O ScrumMaster

Os projectos Scrum são geridos com um estilo de gestão muito flexível e requerem gestores de projecto com experiência específica na gestão de projectos agile. A função de gestão de projecto é não tradicional, já que o ScrumMaster é, em primeiro lugar, um facilitador que institui regras acordadas, remove impedimentos ao progresso e garante que a equipa se mantém focada.

As equipas Scrum são auto-organizadas. O ScrumMaster não é o líder da equipa e actua como um buffer entre a equipa e quaisquer influências que a distraem

Proprietário do Produto

O Proprietário do Produto representa o cliente e assegura que a Equipa Scrum trabalha nas «coisas certas» numa perspectiva de negócio. O Proprietário do Produto escrever «estórias» centradas no cliente que são uma ou duas frases que em linguagem de negócio descrevem uma funcionalidade específica do produto. Estas são então implementadas pela equipa Scrum.

Stakeholders

Estas são as pessoas para quem o projecto irá produzir os resultados acordados. Eles só estão envolvidos directamente no processo durante as revisões do progresso realizado.

"Sprints" e "Backlogs"

O trabalho é compartimentado em pequenas parcelas de cerca de duas semanas de duração. Denominadas «Sprints». Durante cada Sprint, a equipa cria um incremento completo do produto tendo como resultado um produto potencialmente entregável.

O conjunto de funcionalidades que são incluídas em cada Sprint decorre de um conjunto de requisitos de alto nível do trabalho a ser feito, conhecido como «backlog do produto». Este contém descrições genéricas de todas as funcionalidades desejadas para o produto novo ou actualizado, priorizadas em termos do seu valor projectado para o negócio, bem como com estimativas do esforço necessário para as realizar.

Quais os itens específicos do backlog que são incluídos no Sprint é determinado durante uma reunião de planeamento anterior ao Sprint. Durante esta reunião, o Proprietário do Produto informa a equipa sobre os itens do Backlog do Produto que querem que sejam completados. A equipa determina então a quanto se pode comprometer durante o próximo Sprint, o que passa a ser o «backlog do Sprint» do próximo Sprint.

Durante o curso do Sprint, não é permitido a ninguém alterar o backlog do Sprint, o que significa que os requisitos estão congelados para aquele Sprint. Depois do Sprint ser concluído, a equipa demonstra o produto para o Proprietário do Produto. A equipa pode cancelar um sprint se sentir que não são capazes de alcançar os objectivos do Sprint e stakeholders externos podem também cancelar o Sprint se se manifestarem circunstâncias externas que negam o valor para proceder com este. Se um Sprint termina anormalmente, o próximo passo será conduzir uma reunião de planeamento para um novo Sprint, onde é revista a razão da terminação.

Um quadro apresentado publicamente é usado para mostrar o trabalho remanescente para o Sprint corrente. Isto é denominado um gráfico de Sprint burndown e deve ser actualizado todos os dias para oferecer visibilidade ao progresso realizado.

Transitar para o Scrum

A transição dos métodos tradicionais de trabalho para o Scrum é relativamente transparente. Pode haver benefícios em envolver um formador experimentado em Scrum para assistir na formação e implementação.

O Scrum trabalha muito bem à sua maneira é também é um excelente primeiro passo se se pretender introduzir conceitos agile na organização visto ser simples e focar-se numa gestão de projecto a alto nível.

Tradução e adaptação de artigo de Chris Young

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Waterfall ou Agile: Como escolher a abordagem do desenvolvimento de Software?

perguntasOs projectos de desenvolvimento de software são normalmente abordados com a utilização alternativa de dois métodos, o Waterfall ou o Agile. Ambos têm prós e contras e cada um tem defensores que salientam o valor da sua abordagem preferida. \

Vamos analisar ambos os métodos e tentar compreender qual é o melhor e sob que circunstâncias respondem à questão: Como escolher a abordagem do meu desenvolvimento de Software?

O método de Waterfall (ou de Cascata)

O método de Waterfall já é usado desde 1970 e continua a ser o mais comum. Afirma que deve ser seguido um conjunto distinto de passos através do ciclo de vida do projecto. Os passos são usualmente similares a estes:

  • · Análise de Requisitos
  • · Desenho
  • · Implementação
  • · Teste
  • · Instalação
  • · Manutenção

waterfall

A razão pela qual é denominado o método de Waterfall (cascata) é por que cada etapa decorre a partir da prévia quando esta se conclui, descendo como uma cascata. Como uma casta flui para baixo e nunca para cima. Este método é muitas vezes considerado como «mais seguro».

O método funciona bem em ambientes comerciais em que os contratos são assinados e o dinheiro é pago. Contudo. Quando se trabalha para clientes internos, é mais difícil fazer má cara a mudanças de última hora quando são as pessoas da organização que as pedem e muitas vezes com o apoio da gestão de topo.

Prós

Contras

Documentação detalhada

Início lento.

Requisitos acordados e assinados.

Requisitos fixos difíceis de mudar.

Pode ser desenvolvido com programadores com conjunto de competências mais baixo.

Não há visibilidade do software para o cliente até que o desenvolvimento esteja concluído.

Número reduzido de defeitos através de um planeamento do desenho.

Falta de flexibilidade tornando difícil mudar de direcção.

Pontos de início e de fim definidos para cada fase, permitindo que o progresso possa ser facilmente medido

Os Clientes não estão inicialmente conscientes dos requisitos.


Método Agile

O método Agile refere-se a uma abordagem iterativa a projectos, em que os requisitos e soluções evoluem através da colaboração entre clientes e equipas de desenvolvimento. O termo está ligado a 2001 quando foi lançado o «Agile Manifesto».

Se o gestor do projecto está receoso de cometer erros frente ao cliente este não é o melhor método a adoptar. O método Agile significa que criamos resultados o mais cedo possível e vamos refinando-os através diversas iterações com o cliente. Contudo, verifica-se que alguns stakeholders encaram negativamente esta abordagem.

Assim, será que o método Agile conduz a uma mais rápida entrega de resultados? Só porque conseguimos começar a programar mais cedo não significa necessariamente que iremos terminar mais cedo. Mas, garante que o resultado final vai de encontro às expectativas e necessidades do cliente, por que , principalmente, ele consegue oferecer válidos inputs durante toda a fase desenvolvimento.

Prós

Contras

Início rápido, releases incrementais e revisões regulares e feedback do cliente.

Pode ser mal interpretado como não planeado ou indisciplinado.

Evolução dos requisitos ao longo do tempo.

Exige uma equipa de alta qualidade que possa enfrentar o cliente.

Capacidade de resposta rápida à mudança.

Necessita de um envolvimento de alto nível por parte do cliente.

Menor trabalho repetido alcançado através de teste continue envolvimento do cliente.

Falta de planos detalhados de longo prazo.

Comunicação em tempo real entre o desenvolvimento e o cliente.

Produz documentação de baixo nível.


Conclusão

Então qual é o melhor método, Waterfall ou Agile?

Nenhum…

O método que usamos depende de vários factores, tais como:

Tipo de trabalho: há um resultado claramente definido? O desenvolvimento de sites da web é criativo e adere com facilidade ao método Agile. Já o desenvolvimento de sistemas de transacções, onde existe um resultado claramente definido adapta-se melhor ao método Waterfall.

Tipo de cliente: será que o cliente está disposto a trabalhar de forma iterativa, terão tempo suficiente para rever e comentar as iterações regulares?

Ponto de vista do gestor: Será que ele favorece um método relativamente ao outro. Até que ponto é ele adaptável?

Apreciação das TI na organização: as TI são vistas como um parceiro valioso ou um mal necessário? Se o ponto de vista é o último, então utilize o método de Waterfall.

Cliente externo ou interno: o seu cliente é externo ou interno? O método Waterfall funciona bem com clientes externos para os quais é normal existir um contrato assinado, pelo contrário com os clientes internos podem forçar mudanças com base no suporte da gestão de topo.

O gestor de projecto deve seleccionar o método que melhor satisfaça as necessidades dos utilizadores. O problema surge quando existem diferenças de opinião. Neste caso, escolha o método que irá realizar o melhor resultado e faça a gestão dos desacordos.

No fim ambos os métodos podem realizar o projecto. O segredo está na gestão das expectativas do cliente e na realização de um produto de qualidade. A realidade é que quando se chega ao fim da viagem, já ninguém se importa como é que lá se chegou.

LQ

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Gestão de Requisitos – Maturidade da empresa

Passei os últimos dias a acompanhar alguns colaboradores de uma empresa que pretende preparar uma equipa para um desenvolvimento de alguma dimensão e necessita de compreender as necessidades do negócio e de as acompanhar ao longo do processo. Verifiquei, com algum espanto, que se pensa possível, de forma teórica, a preparação de recursos para implementar um processo de gestão de requisitos sem um prévio suporte de experiência e um cuidado consolidado no âmbito de anteriores projectos.
Pensei então que a empresa deveria tentar conhecer o estado e a forma como até agora este tipo de necessidade é encarada e que factores poderiam ser identificados para o realizar.enterprise-20-maturing-into-the-mainstream
Em primeiro lugar, a realidade das empresas leva-nos considerar que:
  1. Todas as organizações têm pontos negros – as pessoas focam-se naquilo que fazem muito bem e tendem a estar focados nestas questões e tentam sempre evitar melhorias. Muito embora isto pareça contra-intuitivo, quando se trata da maturidade da gestão de requisitos, já que aqui temos de procurar encontrar estes pontos negros – aquilo que não fazemos bem – e resolver isso para obter verdadeiros ganhos.
  2. A maturidade da gestão de requisitos é definida de diversas formas, de uma forma elementar como possuir um conjunto estável de modelos de documentação usados pela companhia até um processo único dentro da organização definido com os recursos adequados e devidamente apoiado.
Então como podemos definir com simplicidade a maturidade da gestão de requisitos? A maturidade de um processo é sempre acerca do grau até ao qual uma organização pode ser repetível, consistente e eficiente na sua execução.
As organizações que não têm processos definidos, ou com processos mas que não são aplicados terão níveis baixos de maturidade, tal como as organizações com processos bem descritos, institucionalizados e optimizados terão altos níveis de maturidade. A questão é que não é só o processo que é necessário já que há seis capacidades a entender.
  • Processo – Aquilo que as pessoas têm de fazer.
  • Técnica – Como é que as pessoas irão realizar os vários passos do processo dentro de certas variações e condições.
  • Competência dos colaboradores – As funções, papéis e competências das pessoas e o seu alinhamento para este objectivo correntemente e nas contratações futuras.
  • Ferramentas/Tecnologia – O suporte e automação utilizados na conclusão das actividades.
  • Organização – A estrutura de construção dos requisitos, a infra-estrutura de apoio, os serviços oferecidos pela organização e a abordagem de gestão dos recursos.
  • Resultados – Os documentos, resultados e produtos do trabalho necessários para realizar o processo.
As pessoas falham aqui porque não vêem todas as capacidades que devem estar presentes. Um exemplo é o de uma organização com processos bem definidos e resultados, mas com um estabelecimento elementar das competências dos colaboradores necessárias e pouca formação para construir essas capacidades. Até que ponto será efectiva esta organização? Está a definir o que as pessoas devem fazer mas não está a dar as competências a estas pessoas para realizarem adequadamente as suas tarefas.
Se acredita que a sua organização tem uma maturidade elevada, então deve analisar as seis capacidades – para ver onde estão as fraquezas. A mais frágil é aquela em que se deve concentrar.
O outro erro que as pessoas fazem é pensar que os requisitos são só documentação ou só elicitação. De fato o “processo” dos requisitos é a realização de vários processos realmente importantes como:
  • Planeamento e Gestão dos Requisitos
  • Elicitação dos Requisitos (recolha)
  • Análise e Documentação dos Requisitos
  • Comunicação dos Requisitos
  • Implementação dos Requisitos
Na realidade, a organização pode considerar-se madura porque é muito boa em uma ou duas destas áreas de processo, mas poucas organizações analisam todas as áreas de processo e compreendem as suas forças e fraquezas. Sublinho, que lá por sermos bons numa coisa, não significa que todo o processo é particularmente eficiente ou controlável e isso significa que não pode ser considerado maduro.
Alcançar a maturidade na gestão dos requisitos pode parecer complicado, mas é, em primeiro lugar, tratar de ser honesto com a visão que se tem da organização e aceitar que há sempre áreas que necessitam de melhoria. A maior parte do tempo, estas melhorias são em áreas que a organização «não vê» - são pontos cegos – e, mesmo muitas vezes, é necessário trazer pessoas de fora para avaliar … tal como auditores.
Por outro lado, as organizações que tem alta maturidade têm excepções, diferenças nos custos e variações de performance – mas tendem a conseguir produzir aplicações a 40% do custo das dos seus concorrentes com baixa maturidade. Qual é o investimento em TI que retorna 40% só por se ser honesto com nós próprios?
LQ