No meu trabalho mais comum, que é contribuir para que outros consigám melhorar a forma de trabalhar, através de conselhos e apoio, vejo-me muitas vezes a fazer coisas de forma repetida e sem poder alterar a sua realização.
Ou seja, o cliente é quem decide de forma desorganizada e sem método, segundo o meu ponto de vista, e eu, o consultor, lá vou fazer aquilo que ele pretende.
Por um lado, até é bom porque representa ter trabalho, mas ao mesmo tempo, faz com que seja como que um operário que, todas as semanas, neste caso, repete sempre a mesma produção, ou algo muito parecido.
Então é assim, chego às 9.00 e pelas 9.05 começo a falar tentando estimular os participantes (muitas vezes só um) para participarem e oferecerem a sua experiência, faço uns jogos, conto anedotas, faço perguntas e, dois dias depois, lá os consigo ver interessados e a tentarem levar alguma coisa diferente.
No final despeço-me, agradeço e digo que - «formação não são receitas, chegou aqui sem problemas e com necessidades de saber, sai daqui com muitas perguntas e dificuldades e interrogações.»
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