terça-feira, fevereiro 07, 2017

Contribuir para o sucesso em projeto na construção

Os fatores chave que são centrais para o sucesso dos projetos são conhecidos há muito e resumem-se a dois – melhor gestão de projeto e inovação tecnológica. A realidade, no entanto, é que 98% dos projetos de grande dimensão enfrentam ultrapassagens de custo e atrasos. O custo médio acresce normalmente em 80% do valor original e o atraso médio é de 20 meses relativamente ao plano.

Fatores Centrais do Sucesso 

Há muitas razões para estes valores e a começar a produtividade ou melhor, a falta dela. Há décadas que a produtividade na construção se mantém parada, o que é contraditório com o que ocorre, por exemplo, na manufatura em que ocorreu um incremento de 100% nos últimos 20 anos e se mantém uma tendência de crescimento.
Destaco alguns dos fatores mais importantes para a fraca produtividade e aumento de custos.
  • Organização pobre. A tomada de decisão e os processos de procurement não tem a velocidade e a escala requerida.
  • Comunicação inadequada. As inconsistências no reporting significam que empreiteiros, subempreiteiros e clientes não possuem uma compreensão comum de como se encontra o projeto em qualquer ponto do tempo.
  • Gestão da performance falhada. As questões por resolver acumulam-se motivadas pela falta de comunicação e a fraca prestação de contas.
  • Desentendimentos contratuais. A equipa comercial negoceia o contrato e este é muitas vezes denso e complicado. Quando o problema ocorre, o gestor de projeto pode não compreender como deve proceder.
  • Ligações perdidas. Há diferentes níveis de planeamento, desde o alto nível até à operação diária e semanal. Se o trabalho diário não é concluído, os planeadores devem sabê-lo – mas muitas vezes não o sabem – assim não podem mudar as prioridades em tempo real.
  • Planeamento de curto prazo pobre. Geralmente as companhias são boas a perceber o que deve ser feito nos próximos dois ou três meses, mas não são tão bons a programar as próximas duas ou três semanas. O resultado é que o equipamento necessário não está disponível quando é preciso.
  • Gestão de risco insuficiente. Os riscos de longo prazo são avaliados com detalhe, mas aqueles que nascem do trabalho nem de perto.
  • Limitada gestão de talentos. As companhias recorrem às equipas e pessoas com que estão familiarizadas em vez de procurarem as melhores pessoas para o trabalho.


Estes problemas são sérios, sistémicos e muito comuns. Mas mesmo assim as companhias conseguem ter sucesso. O fator central que os peritos identificam que reforça este sucesso é a melhoria de competências «básicas» de gestão de projeto. Algumas práticas destacam-se para contribuírem para a melhoria da performance em obra subordinadas às fases de projeto – conceito e desenho, contratação e procurement e execução.

domingo, janeiro 29, 2017

Tipos de Risco no Planeamento

Os riscos de agendamento são ameaças e oportunidades que afetam de qualquer forma o sucesso do projeto. As ameaças comprometem a realização de metas em projetos, entretanto, as oportunidades aumentam a probabilidade de atingir esses mesmos objetivos.
Assim, os riscos podem ter bons ou maus impactos no nosso projeto, mas que tipo de risco podemos encontrar nos cronogramas de projetos?
Há principalmente dois, e eu digo "principalmente", porque alguns especialistas mencionam mais, embora estes pudessem ser considerados parte disto. Estes são INCERTEZA DE DURAÇÃO e EVENTOS DE RISCO.
Quando realizo workshops de identificação de riscos, apresento o exemplo a seguir para observar e compreender a diferença entre a incerteza e os eventos. Que depois se esclarece por si.

Um exemplo

Se eu perguntar, quanto tempo leva para ir de sua casa ao escritório, o que iria responder? Vamos dizer que a sua resposta é 45 minutos. Leva esse tempo quase todas as vezes, todos os dias. Mas isto não é sempre. Às vezes leva 40 minutos, talvez porque conduziu um pouco mais rápido, outros dias você faz 50 minutos apenas porque você fez uma pequena paragem para dizer olá a um amigo e, é claro, há dias que você leva apenas 45 minutos. Há, assim, incerteza na resposta de "45 minutos". Você deu a melhor estimativa. Alguns chamam-lhe de "média", embora não seja.
Agora vamos introduzir algo mais. Suponha que um dia há um acidente de trânsito sobre a sua rota e a estrada é fechada. Fica preso na estrada. Tem que conseguir outra maneira de chegar ao escritório, e esta estrada é mais longa. Naquele dia leva duas horas para chegar. Desta vez, aconteceu evento, e chegou tarde 1 hora e 15 minutos. Fora de qualquer previsão.
O mesmo acontece com as nossas atividades agendadas, oferecemos nossas melhores estimativas de duração, mas elas estão sujeitas a incerteza e a eventos que podem afetar a duração do cronograma de forma positiva ou negativa.

Modelar o cronograma com este tipo de análise de risco produz cronogramas mais realistas

O tratamento para cada um destes tipos de risco é diferente.

A incerteza é tratada com simulação de Monte Carlo, o que é realizado pelas aplicações que fazem gestão de risco. Neste processo executa-se um grande número de iterações com base na propagação e os limites das estimativas de duração, de modo que muitas combinações de durações são usadas.


Os eventos de risco podem ocorrer ou não durante o Projeto, a melhor maneira de modelar eventos é colocá-los num registo, que aborda as atividades com impacto, a probabilidade de existência e a magnitude do impacto nas atividades. Depois disso, pode executar cenários de hipóteses com os eventos de risco que têm maior exposição ao risco (probabilidade x impacto) adicionando fragmentos ao seu Cronograma e analisar os resultados. Se o evento realmente pode ter impacto no seu projeto, será necessário atenuá-lo de qualquer forma para reduzir o risco. Claro, que isso vai custar dinheiro.