O planeamento é tudo sobre oportunidade. Temos muitas opções durante a etapa de planeamento. Algumas opções são mais atraentes ou viáveis, e espero que a opção menos dispendiosa gere o melhor resultado. Mas certamente pode ser mais complicado do que isso.
No início, na etapa de proposta, as
opções colocadas têm a ver comas opções técnicas, a abordagem de execução e o
melhor rendimento possível para a realização dos trabalhos propostos. São
opções complexas e difíceis de concretizar com sucesso. Então porque é que na
proposta não é oferecido um papel importante ao planeamento e à discussão sobre
as oportunidades de sucesso ótimo da realização.
Na maioria dos casos e lamentavelmente, encontramos propostas
de plano iniciais, apresentadas na licitação, que vão somente trazer
preocupações e dificuldades durante a execução, no caso de adjudicação da
proposta.
No caderno de encargos inicial os clientes incluem, muitas
vezes, opções que visam testar a forma como planeamos a execução e dessa forma obtém
uma apreciação à ponderação das opções por parte dos contratantes. O
Departamento de Transportes da Califórnia (Caltrans), por exemplo, utiliza uma
abordagem "A + B" em projetos maiores: cada licitante deve
especificar uma duração do contrato e um preço. Ambos os números são considerados
na adjudicação de projetos. A experiência de Caltrans é que as ofertas de A + B
resultam em preços mais baixos e menos atrasos no uso final dos projetos. Estes
processos começam a ser integrados na regulamentação de concurso ou nas instruções
dos cadernos de encargos
Quanto mais aguardamos para tomar decisões, menos opções
permanecerão viáveis. Esta é uma das atitudes tomadas por contratantes em
resistência a tomar decisões sobre os projetos em períodos iniciais do
contrato, designadamente sobre os seus planos, as abordagens de trabalho, ou os
rendimentos de execução. Algumas vezes esta linha de orientação entra em
confronto com o cliente. Quando a decisão for inevitável as opções são quase sempre
duais.
Durante a execução do projeto encontramos muitos projetos em
que o plano só é usado por insistência do cliente e o seu rigor técnico e
qualidade deixam muito a desejar. Devemos lembrar-nos que os projetos terminam
a tempo porque monitorizamos o progresso de forma regular e implementamos
estratégias de mitigação sempre que ocorre deslizamento. Para obtermos este resultado temos de
valorizar e utilizar adequadamente um plano de projeto.
Luís Quintino
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